Quis me fazer notar... ensaiei
um jeito de ser, sem pra quê, não dando tanto crédito às minhas preferências, fazendo pouco
caso a coisas banais que até pouco tempo me tiravam o bom humor. Em um determinado momento, orgulho,
vaidade e outros sentimentos vis perderam espaço na minha vida. Fiz
anotações profundas e desenhos disformes em um papel de pão e depois o perdi
propositalmente no meio da minha bagunça sentimental.
Caminhei de um lado para o outro do quarto olhando fixamente para o chão, na tentativa de encontrar uma definição para tanto silêncio. Olhei-me de soslaio pelo espelho do guarda-roupas e quase não me reconheci, tento que olhar por mais uma vez, rapidamente, agora fixamente.
Fui até a estante e saquei livros aleatórios, folheei-os e fui devolvendo um-a-um, sem obedecer a ordem inicial, ao perceber que nada diziam de importante para aquele momento.
Caminhei de um lado para o outro do quarto olhando fixamente para o chão, na tentativa de encontrar uma definição para tanto silêncio. Olhei-me de soslaio pelo espelho do guarda-roupas e quase não me reconheci, tento que olhar por mais uma vez, rapidamente, agora fixamente.
Fui até a estante e saquei livros aleatórios, folheei-os e fui devolvendo um-a-um, sem obedecer a ordem inicial, ao perceber que nada diziam de importante para aquele momento.
Olhei para a cama, ainda bagunçada, com objetos diversos em cima e simplesmente atirei-me sobre eles, quando percebi que algo tentava perfurar minhas costas, machucando-a, afastei imediatamente com uma das mãos sem me preocupar em olhar o que era. Agarrei-me ao travesseiro e surpreendi-me ao perceber depois de tanto tempo sua maciez e textura, nunca dantes observada. Por este ínfimo instante esqueci-me o que me levara até ali.
Como num espanto, voltei a mim e agarrei-me àquele objeto de algodão como quem faz uma súplica pela vida agarrada ao braço do mais terrível algoz. As lágrimas, como que propositalmente, começaram a se divertir,deixando rastros por onde passavam... enlameando meu rosto pintado, mesmo com todo o meu esforço em tentar contê-las.Fiquei assim por um bom tempo, “como quem partiu ou morreu” até pegar no sono.
Como num espanto, voltei a mim e agarrei-me àquele objeto de algodão como quem faz uma súplica pela vida agarrada ao braço do mais terrível algoz. As lágrimas, como que propositalmente, começaram a se divertir,deixando rastros por onde passavam... enlameando meu rosto pintado, mesmo com todo o meu esforço em tentar contê-las.Fiquei assim por um bom tempo, “como quem partiu ou morreu” até pegar no sono.
“Quem é mais sentimental que eu? Eu
disse e nem assim se pode evitar...”
Geovana Azevedo
Geovana Azevedo
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