Estava
aqui conversando, por mensagem, com uma grande amiga-irmã e leitora do blog,
sobre homens. Estávamos comentando sobre como os homens têm regredido em
relação aos gestos de cavalheirismo, e não estou aqui falando somente de abrir
portas de carros e puxar cadeiras, é algo que vai muito além, que talvez
transcenda a nossa compreensão e que vou tentar explicar com o desenrolar do
assunto. Espero, sinceramente, ter o cuidado necessário para não ofender meus
leitores! Let’s go!
Sendo
bem direta e reta, como sempre fui, pergunto: o que querem os homens? Já
escrevi algo sobre isso a algum tempo, mas o alvo agora é diferente, é mais
amplo. Lendo recentemente sobre estética, descobri que na pré-história, por não
nos diferenciarmos muito uns dos outros fisicamente, pois não dispúnhamos de
recursos estéticos, cosméticos, cirurgias plásticas corretivas, academias de
ginástica e outros meios que melhorassem a aparência física, os índices de
traição/infidelidade eram muito baixos. Fingi que acreditei que nessa época já
existiam as agências de pesquisa e guardei a informação sobre quase não
existir infidelidade neste época por não nos diferenciarmos tanto, fisicamente, uns dos outros.
Pesquisando
mais, compreendi que muito do que somos hoje, das nossas preferências pessoais
e escolhas de um padrão de beleza X em detrimento de outro Y, foram, de certa
forma, herdados da mídia escrita ou televisiva. Sim, a mídia com todo o seu
apelo irresistível em nos vender algo, nos transformou, sorrateiramente, em
reféns de padrões, dentre eles o estético, criados e estabelecidos ao longo dos
tempos por ela: o sabão tem que ser Omo, a esponja de aço tem que ser Bombril,
o desodorante tem que AXE, o homem tem que ser um príncipe da DISNEY e a mulher
tem que ser a gostosa da capa da PLAYBOY. Olhem a inconsistência da coisa.
Sempre achei que os príncipes, rebatizados de gentleman, não buscassem princesas
marombadas do tipo PANICAT.Muito confuso tudo isso!
Quer
dizer que não posso usar sabão de coco pra lavar minhas roupas, se eu quiser?
não posso não gostar de esponja de aço? não posso usar meu desodorante “Alma de
Flores” e meu sabonete PHEBO(ui!)? Claro que pode e deve, porém os publicitários,
com seus poderes quase paranormais, sabem o que queremos de verdade e nos
mostram isso através das propagandas. Nós, pobres mortais conduzidos como
manadas, aceitamos tudo e vamos criando necessidades cada vez mais trashs e fúteis, como ter que possuir três
aparelhos celulares, só pra dar um exemplo.Quer saber, como diria meu bom e
velho amigo de todas as horas, Zeca Baleiro: “a depender de mim, os
publicitários viram bolhas, eu sei como fazer minhas escolhas e aceitar os
erros que lá vem”. Salve, Baleiro!
Clínicas
estéticas faturam alto para nos deixar com a cara da Fulana de Tal - ou no
mínimo bem parecidas-, com os seios da Cicrana e o bumbum desproporcional da Beltrana.
As mulheres acham que devem seguir a tendência da moda e "os homens"
só querem exibi-las como troféus em seus pódiuns imaginários. Não sou contra as
pessoas que se cuidam, pelo contrário, eu me cuido bem, mas confesso que não
cultuo o meu corpo como trabalho as curvas do meu cérebro.
Ainda
sobre minha amiga, lembrei de conversas que tivemos anteriormente. Certa feita,
nos perguntávamos sobre qual seria o nosso problema, pois geralmente atraíamos
pessoas erradas para as nossas vidas, embora estivesse tudo aparentemente certo
com a gente, pois somos mulheres bonitas (sem Photoshop), bem resolvidas em
todos os sentidos, de boas famílias, boas filhas e sem distúrbios psicológicos
( e isso não é propaganda enganosa). Aí, vem mais um ponto importante que
merece destaque: os homens, ou grande parte deles, não querem mais lutar por
nós, mulheres decentes, mas tudo tem um porquê. A experiência e o IBGE (com o
senso indicando que as mulheres estão em maior número no Nordeste) têm nos
mostrado, que para grande parte dos homens, não vale a pena gastar tempo e
dinheiro com esse tipo de mulher certinha, se já há no mercado uma infinidade
de outras a disposição, sem que se faça um esforço mínimo para tê-las. Na
primeira marra que a gente faz, o cara já nos troca pela próxima que vai passando em frente.
É inquestionável que esta é uma situação bastante confortável para os homens, porém, penso como serão suas vidas daqui a algum tempo, com o apagar das luzes, que é quando a festa acaba de verdade. Afinal, são essas as mulheres que terão para construir suas vidas.
É inquestionável que esta é uma situação bastante confortável para os homens, porém, penso como serão suas vidas daqui a algum tempo, com o apagar das luzes, que é quando a festa acaba de verdade. Afinal, são essas as mulheres que terão para construir suas vidas.
Se
a fidelidade, segundo Osvald de Sousa,
se mostrou em números irrisórios na pré-história, tem dado demonstrativo que no
século XXI, não está para brincadeira. Troca-se de companheiros como quem troca
de roupa, os casamentos de 20, 30 anos já viraram lendas urbanas e os valores...que
valores? Os artistas, e não somente eles, batem verdadeiros records quando o assunto
é infidelidade e separação. Parece que estamos vivendo em uma grande gincana,
disputando quem fica menos tempo com alguém.
Por
tudo isso, estou a cada dia mais tempo em casa, estudando e blogando, porque não sei rebolar até o
chão, dói as minhas pernas e as minhas costas (só quebro por conta da gripe) e
dou fora em Zé Mané Aventureiro, que vem com mi-mi-mi pra cima de mim. Pra mim,
o cara que não leu, ou que pelo menos ouviu falar em Gabriel Garcia Márquez,
não merece minha atenção. Mulher de verdade não é pra quem quer, é pra quem
pode!
E fim de papo.
Cara Dydja,
ResponderExcluirO mundo é injusto. Enquanto procuramos sermos mulheres decentes, a sociedade cultua a indecência. Vejo que diante disso estamos fora do mercado. Mas não esmoreço. Enquanto não acho a pessoa certa vou me divertindo com as erradas. Cansei de ficar sofrendo. Aprendi também que ficar em casa não resolve nada.
Aprendi também que quem escolhe muito fica sem ninguém. E homem é assim mesmo. Elas não lutam pela a gente e quando menos esperamos eles estão com outra na nossa frente.
Abraços!!!
Cara amiga,
ResponderExcluirGostei do seu comentário, especialmente na parte que diz "Enquanto não acho a pessoa certa vou me divertindo com as erradas. Cansei de ficar sofrendo. Aprendi também que ficar em casa não resolve nada.", porém ainda não alcancei o seu grau de evolução, digamos assim (rs). E quando diz " Aprendi também que quem escolhe muito fica sem ninguém", te digo que esta é a frase típica de minha mãe. Imagina eu, que tenho 4 tias, que ficaram pra "titia"(xiiii, tô lascada!),imagina a responsabilidade que tenho?!Porém, tenho consciência que a questão não é o elevado grau de exigência...é, acho que acabo de ter uma ideia para um dos próximos posts.
Abç,