terça-feira, 16 de abril de 2013

No elevador

Estava eu aguardando o elevador com mais umas 15 pessoas. Derrepente, a máquina chega e todos adentram. Rapidamente, procurei as orientações da capacidade de lotação, que geralmente ficam expostas naquelas paredes metálicas, próximo aos botõeszinhos. Encontrei: capacidade máxima de 11 pessoas por viagem. Caracas, vou morrer duma queda!(pensei)Imediatamente, antes mesmo de fechar a porta, olhei pro manobrista da coisa, que agora não me vem o nome da profissão, mas já vi isso em Direito do Trabalho, e disse:

- Ei, moço! ei, moço!(nem assim ele me olhou, mas continuei) Como é que a capacidade máxima desse troço é de 11 pessoas e estamos em 17 aqui? Está certo isso?O senhor vai permitir isso?( Senti-me " A Auditora fiscal do Trabalho". Só faltou interditar o elevador e autuar a empresa, se poder tivesse.)
 
Neste momento, todos me olharam com olhar de aprovação, mas ninguém teve coragem de sair do elevador e esperar o próximo. Depois lançaram o olhar sobre o homenzinho "mudo" esperando por uma resposta convincente antes que o mesmo  apertasse o "play".
 
- (...)
 
 O homem não deu uma palavra (será que era surdo-mudo?)! Eu desaforada que sou, disse:
 
- Moço, o senhor não está entendendo a gravidade da coisa. Se essa droga cair morre eu, morre o senhor e morre todo mundo que está aqui!(Vai ser pior que o desastre de Boston de ontem e o terrorista é o senhor! Essa parte só pensei,confesso).
 
- (...)
 
Não mais que derrepente, uma segunda voz surge do meio daquele amontoado de gente aflita. Era um moço de olhar terno, estatura mediana, carequinha, de óculos. Percebi que tinha uma deficiência nas pernas, o que não o impossibilita de andar, mas o fazia andar com dificuldade, vi isso depois que saimos do elevador, claro:
 
- É, moço! concordo com esta jovem! Eu sou muito moço e muito bonito pra morrer agora!

 
Todos caímos na gargalhada e subimos assim mesmo, com todos a bordo, sem levar em consideração as NRs do Direito do Trabalho e muito menos a tentativa de ataque terrorista daquele moço manobrista kamikaze.


Cá estou sã e salva! Ufa!

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