quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ah, o ano novo!

Ah, o ano novo...pensei em escrever algo sobre o que quero para o ano novo que se avizinha, mas percebi a tempo, que entrarei o ano com saldo negativo, afinal ainda estou cheia de promessas não cumpridas, deste ainda findo. Ora, não quero ficar aqui relembrando dos meus insucessos, ou que deixei de fazer, quero é me preparar para o ano, ainda desconhecido, da melhor forma possível: jogando coisas inservíveis fora e cedendo espaço para o novo.
 Creio que este ano de 2013 será finalmente o ano de fechamento de um grande ciclo na minha vida, em que deixarei de ser colecionadora de “coisas, situações e, até mesmo, de pessoas” desagradáveis, sendo bem “eufemista” mesmo. Tudo o que não mais me apetece, denotativamente, terá seu lugar reservado fora do meu coração, em um grande lugar que já batizei  de “depósito de inservíveis”.
Engraçado, o medo do novo me faz imaginar também coisas que dependem do desenrolar do ano e que, em tese, independem de mim. Quantas situações novas, inusitadas, me depararei? Quais projetos porei em prática (antigos e novos)? Quais ficarão aguardando para um momento mais oportuno? Quantas pessoas conhecerei neste ínterim? Quantas sairão da minha vida repentinamente? Quantas tornar-se-ão amigas de verdade? O que aprenderei de novo? O que poderei compartilhar de bom com o próximo?  E, finalmente, que histórias terei pra contar e ouvir?Ah, são muitos questionamentos e perspectivas!
 O mau que virá de carona com todo o bem que almejo para mim e para todos que amo trará  um aprendizado importante embutido, tenho certeza, e tentarei buscar o discernimento necessário para compreender.
Depois desse pré-balanço do que me espera, só me resta esperar por um bom ano e, mística  que sou, desejo não passar o ano inteirinho usando amuletos e patuás esperando janeiro de 2014  chegar.

E fim de papo.

Geovana Azevedo

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fui embora pra Pasárgada.


Procurei pelas gavetas, na estante de livros, na minha caixa vermelha de papéis sem utilidade, nos álbuns antigos de fotografias e nas cartas recebidas, algo que me trouxesse resposta para o que me inquietava. Não sei o que procurava, talvez o meu Eu que amanheceu parecendo não ser mais meu. Sentei no sofá, apática, com os dedos dos pés a brincar com os chinelos e a visão perdida no quadro colorido pendurado na parede da sala. Como se fosse uma visita na minha própria casa, percebi que o que procurava não estava ali, ao meu alcance, pois estava sentindo falta de mim mesma. Pra onde fui que me esqueci de me avisar?Não deixei nada escrito, avisando quando retornar, parti com uma mochila pequena nas costas, que só cabia incertezas e a certeza que algo iria mudar.

O poeta já diria: “às vezes nos sentimos assim, como quem partiu ou morreu”.  Devo ter partido pra Pasárgada, aqui eu não sou feliz e como lá sou amiga do rei, farei ginástica, andarei de bicicleta, montarei em burro brabo, subirei no pau-de-sebo, tomarei banhos de mar. Quando estiver cansada, deitarei na beira do rio, mando chamar a mãe-d'água pra me contar as histórias que no tempo de eu menina Rosa vinha me contar. Fui embora pra Pasárgada, nem adianta me procurar.

domingo, 7 de outubro de 2012

Eu: balanço do novo milênio e retorno aos anos 80.


Li uma reportagem super interessante, em revista homônima, edição 309, cujo título era “7 dias em 1987”. Nesta, o jornalista Felipe Van Deursen se autopropôs um desafio de voltar no tempo e viver como um jornalista do referido ano, com comportamento, vestimentas  e hábitos da época. Para isso, teve que se desfazer de hábitos modernos, facilitados pelas ferramentas da tecnologia da informação- teve inclusive que digitar seu artigo em máquina de escrever- o que não deve ter sido tarefa fácil.

Trabalhar um recorte de tempo de 25 anos, para o leitor mais desavisado, pode parecer algo fácil e nada desafiador, mas quando analisamos que o processo de globalização do mundo teve seu auge neste ínterim, percebemos que há, sim, um grande desafio, pois uma série de mudanças estruturais ocorreu no mundo inteiro e as pessoas tiveram que se adaptar às mesmas, por necessidade dos novos tempos, do novo mercado, das novas mudanças.

Não dá pra imaginar o mundo de hoje com máquinas de escrever, telefones fixos, secretárias eletrônicas e cartas, como meios de comunicação, mas era assim a exatos 25 anos atrás e era assim que as coisas funcionavam. Porém, tais ferramentas não suportaram os novos tempos e tornaram-se obsoletas, limitadas em suas funcionalidades, pois o desenvolvimento da economia e, consequentemente, do comércio, teve seu aceleramento com essa globalização da economia, processo considerado como irreversível no mundo inteiro e que exigiu ferramentas mais eficientes e ágeis, que atendessem a esses novos tempos.

Com a globalização pungente, as empresas tiveram que investir maciçamente em capital humano, qualificando-o, para assim desenvolverem seus diferenciais de qualidade, atraindo, desta forma, um público cada vez maior e mais ávido por novidades. Obviamente, que as mudanças trazidas para os ambientes industriais tiveram impacto direto nos domésticos, pois os consumidores foram desenvolvendo necessidades novas, como possuir um aparelho celular ou um computador com internet e, em contrapartida, abandonar os aparelhos que possuíam, agora sem utilidades. Ainda bem que a arquitetura moderna resolveu resgatá-los e  utilizá-los como requintadas peças de decoração. Que contraditório!

Para que abrir mão de toda essa modernidade e facilidades adquiridas com o avanço da humanidade, das tecnologias e das ciências e se remeter a meados dos anos 80, onde tudo funcionava a passos de tartaruga?  A verdade é que, como o próprio jornalista da reportagem da superinteressante afirma - agora trajado de bermudas cintura alta, camisa sintética, sapatos com meias brancas a mostra e bigodes bem aparados e feitos com gilete, pelo barbeiro da esquina, como bem manda o figurino da época – nesse segundo milênio, estamos sufocados por tanta informação e embora totalmente dependentes das tecnologias, não damos  conta de tudo o que nos impõem “goela abaixo” e esse retorno ao passado representa, nada mais que, uma tentativa desesperada de resgatarmos algo que a modernidade nos tomou de assalto: a paz de espírito. Já estamos percebendo um significante “êxodo urbano”, onde as pessoas estão voltando para o interior, comprando sítios, chácaras, fazendas e reaprendendo a ter hábitos simples, longe de todo o tumulto urbano e suas parafernálias tecnológicas e  em busca do famoso sossego.

Depois de refletir sobre tudo isso, fiquei imaginando o que estaria fazendo agora, domingo a noite, se tivesse 28 anos, minha idade atual, a 25 anos atrás. Nasci nos anos 80,mas não o vivi, como quereria. Confesso que me surpreendi com o turbilhão de ideias que tive pra me diverti, ideias que jamais tive nesses tempos modernos. Curiosamente, detectei que meu estilo de vida combina com esse retrocesso que me propus a fazer e, das coisas que pensei, certamente, uma estaria fazendo agora( até consigo imaginar a cena): daria um jeito de convidar meus amigos mais íntimos para sentarmos na calçada de casa, alguém traria um violão, eu providenciaria as bebidas e comidas.
 Na hora combinada, a turma chegaria, nos cumprimentaríamos com apertados, demorados e sinceros abraços, pegaríamos as cadeiras de espaguete, desfazendo o conjunto de terraço e, no quintal, umas grades de cerveja,  que serviriam de tamboretes para os meninos sentarem. Tiraríamos os chinelos, pondo os pés no chão,ficando mais a vontade, nos posicionaríamos em círculo e logo alguém pediria pra eu buscar as bebidas e os petiscos na dispensa da casa.Enquanto isso, alguém pegaria, no armário de vidro da cozinha, os copos de extrato de tomate, que serviriam para beber o vinho e eu descobriria em seguida, que o “congelador da geladeira  fora descongelado”, naquela mesma tarde, e que o vinho foi posto na parte de baixo, e agora quente, seria complicado beber! mas isso não teria importância para nós. Minha mãe pegaria um pedaço de queijo, que sobrou do café da manhã, e um copo de azeitonas na geladeira e com palitos de dentes, mãos habilidosas e um sorriso de canto-de-boca, iria espetando, alternadamente, “queijo-azeitona-queijo-azeitona”, e logo em seguida, repousando-os em pratos duralex, daqueles que nunca quebram, num movimento rítmico interessante que dá até vontade de fazer. Voltando para a calçada, poria o prato duralex numa mesinha no centro, com aqueles palitos enfeitados, que dava pena de comer de tão bonitos, serviria também o vinho quente, que só os homens teriam coragem de beber e um refrigerante simba pras meninas.
 A música logo começaria...com os olhos fechados, os dedos estalando e às vezes tamborilando no ritmo das batidas do violão, deixaríamos o corpo bailar de um lado para o outro ao som das nossas canções preferidas, que, certamente, seria Legião Urbana. Cantaríamos até o vinho acabar ou até minha mãe aparecer na janela da sala reclamando do barulho e dizendo que não estava conseguindo dormir. Sensibilizados, guardaríamos tudo nos devidos lugares, calaríamos nossas  vozes e  violão e nos despediríamos, na certeza que em breve nos encontraríamos para fazer algo tão agradável quanto esta noite, como discutir sobre um livro ou reportagem legal que lemos sobre o fim da ditadura e possibilidade de surgimento de uma constituição cidadã em 1988, quem sabe falaríamos também de um disco novo do Ultraje a Rigor ou dos Titãs e da possibilidade de termos nossa própria banda de rock'n roll. Tudo isso sem celular, sem redes sociais, sem computador...

É...agora estou certa que seria bem mais feliz se o meu hoje fosse 1987!

 

Geovana Azevedo

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O amor é um cão dos diabos,mesmo, Bukowski!

        Sempre me recusei a falar do amor, em seu sentido mais literal, afinal, desconheço suas proporções, seus efeitos, pois sempre me escapou, sorrateiramente, por entre os dedos, quando achei que havia finalmente o encontrado. Isso não quer dizer que estou me despedindo dele, prefiro que este seja, apenas, um breve relato de parte do que não vivi durante sua ausência.
      A até bem pouco tempo atrás iniciei uma busca pelo “tal do amor”, queria saber como era seu rosto, o tom da sua pele, seus cabelos e a forma de andar. Comecei, então, a procurá-lo em todos os lugares que fosse, por mais inóspitos que se apresentassem, em todos os olhares, por mais vazios e distantes que se mostrassem, em todos os sorrisos, por mais “sem graça” que fossem,  na ânsia de encontrá-lo.
       Nessa jornada, recorri a inúmeros poetas, conhecedores natos do assunto, para que a minha busca tivesse um direcionamento: “o amor é um cuidar que se ganha em se perder”, diria Camões,“o amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar” diria Drummond, ”o amor não se vê com os olhos, mas com o coração”, diria, por fim, Shakespeare. Será mesmo que existe um ser que materialize todas essas definições do amor?E se existe como poderia reconhecê-lo? Os mais românticos dizem que sim.
       É...até aqui, confesso, fracassei na minha busca pelo meu amor e se o encontrei, distraída, não o reconheci. Claro que paixões avassaladoras já me tiraram do prumo e me fizeram gelar as mãos e sentir borboletas vivas no estômago, mas as paixões são efêmeras, como o próprio termo sugere, só provocam sensações imediatas. O amor, o amor genuíno, estado de graça e renúnca, este nunca me aturdiu com seus efeitos e  por tanto desejá-lo, temo não mais querê-lo!
         Concordo: o amor é um cão dos diabos, como preceituou Charles Bukowski!


Geovana Azevedo





quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Agora tudo faz sentido...


 Lendo sobre o ciclo dos mitos olimpianos, descobri que Eros( Cupido para os romanos) é filho de Afrodite e Ares. É representado por uma criança travessa ocupada em flechar os corações para torná-los apaixonados. Mas ele próprio se apaixona por Psique(Alma). Afrodite, invejosa da beleza de Psique, afasta-a do filho e a submete às mais difíceis provas e sofrimentos, dando-lhe como companheiras a Inquietude e a Tristeza; até que Zeus, atendendo aos apelos de Eros, liberta-a para que o casal se una novamente.
Tudo faz sentido agora...

Zeca por inteiro só pra mim!

Tem presente melhor que ganhar a discografia completa do Zeca Baleiro? Tem nada! Meu amigo Laurelli  me fez esse agrado e tô feliz que nem pinto no lixo!Meus dias agora serão mais leves ouvindo a trilha sonora da minha vida!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A política do Pão-e-Circo no cenário político teresinense


A política do Pão e Circo, na Roma antiga, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. As autoridades acalmavam o povo com a construção de enormes arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, animais ferozes, corridas de bigas, quadrigas, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, artistas de teatro e corridas de cavalo, enquanto a população, distraída com apresentações, comia pão e esquecia dos problemas políticos estruturais, devidamente camuflados. Alguma semelhança com a campanha eleitoral para chefe do executivo municipal em Teresina-PI?

Claro que o momento pré-eleição exige uma intensificação da campanha eleitoral dos candidatos, mas o rumo que a mesma tem tomado passou a ser alvo de boas piadas pelos pretensos eleitores teresinenses. Claro que já me peguei, diversas vezes, assistindo as propagandas eleitorais e dando boas risadas com as canções criadas pelos publicitários dos candidatos( confesso também que já me peguei cantando as ‘musiquinhas’ durante o dia!), mas a questão é: está havendo uma justa campanha eleitoral ou um duelo de titãs?

 A meu ver, o espaço midiático deveria ser utilizado pelos candidatos para a  apresentação de propostas de forma didática, para que os eleitores tivessem informações suficientes para escolher um candidato que pudesse atender às necessidades coletivas de forma mais satisfatória, atendendo assim, ao interesse público. No entanto, a campanha tem sido feita de forma deturpada, pois está havendo uma grande promoção pessoal dos candidatos, usando a máquina pública como um meio de promoção pessoal, ferindo “letalmente” princípios administrativos fundamentais, como a impessoalidade e a publicidade dos atos públicos, que condicionam a validade dos atos praticados pela Administração Pública. Cabe ressaltar, que a CFRF/ 88 em seu Artº 37 § 1º veda a promoção pessoal dos gastos públicos por atos produzidos no exercício da função pública. Desta forma, a publicidade indevida dos atos públicos deve ser combatida e punida pelas autoridades competentes e o princípio da impessoalidade dos atos dos agentes públicos deve reger as ações dos mesmos.

É importante salientar que “quem fez” ou “deixou de fazer algo” durante um mandato, não foi o candidato A ou o B, mas sim a Administração Pública, que tem recursos constitucionalmente assegurados através da arrecadação tributária e posterior repasse orçamentário para os entes federados. Os agentes políticos nomeados devem propor e prospectar recursos, mas ainda assim, “os méritos” das conquistas não podem ser reservados a eles e sim a Administração Pública.

Sim, nós, teresinenses, estamos envoltos a uma grande política de Pão e Circo com uma roupagem moderna para as eleições de 2012, onde o Coliseu cedeu lugar para as  nossas TV’s , computadores  e outros recursos audiovisuais e as feras e gladiadores foram devidamente substituídos por  talentosos humoristas locais, que “defendem” seus respectivos candidatos com uma habilidade nata e uma certa influência maquiavélica. Percebemos, com todo o embate político, que há um fortalecimento de posições, usando do artifício de desmascarar o oponente, evidenciando os “feitos dos candidatos”, enquanto investidos em cargos políticos, tudo transformado em canções satíricas e de cunho jocoso, animadas com instrumentos musicais que lembram a música da terra.

Outrossim, é necessário que a política local acompanhe o progresso da sociedade, que, ao longo dos anos, tem se mostrado mais consciente politicamente, pois tem mais acesso às informações e cobra pela transparência da gestão pública. Prova disso é a Iniciativa Popular com o Projeto de Lei intitulado Ficha Limpa, que se tornou o quarto projeto de lei de iniciativa popular convertido em lei pelo Congresso Nacional. Para se ter aprovado um projeto desta estirpe é necessário receber a assinatura de pelo menos 1% dos eleitores brasileiros – cerca de 1,4 milhão de assinaturas – divididos entre cinco estados, com não menos de 0,3% do eleitorado de cada estado. Muita coisa!

                E já que tudo tem acabado em música, espero que daqui a 11 dias o repertório dos teresinenses seja bem diferente do atual, debochado e com forte apelo humorístico, e  que o grande” regente”, eleito, coordene, dirija e lidere as atividades de maneira eficiente, com um grupo coerente e consiso e  como uma belíssima orquestra sinfônica, que permitirá que tudo fique harmônico em nossa querida cidade-verde.


Geovana Azevedo da Costa

domingo, 16 de setembro de 2012

Ah, Química!

Mesmo estando exausta da viagem, tive que ministrar aula no sábado a tarde e o pior, com uma turma novinha.
Levei algumas revistas antigas para a sala de aula e depois de explicar a teoria passei uma atividade para ser feita pelas alunas,  e entreguei uma revista para cada uma...mal sabia o perigo iminente que corria. Sempre vou segura, pois preparo as aulas com cuidado, porém esse meu lado lúdico de ministrá-las me fez cair numa verdadeira cilada: uma das alunas encontrou dentro da tal revista uma prova de Química minha, dos idos de 2002, na qual tirei1,35(HUM E TRINTA E CINCO!).Sim, eu fui uma péssima aluna de Química, mas meus alunos não precisavam saber disso, muito menos tendo uma prova em mãos! Na mesma hora, tentei contornar a situação dizendo que a prova valia 2,0, mas essa minha estratégia não foi convincente, uma vez que a prova continha 20 questões e foi justamente esse o contra-argumento da aluna sacana.Claro que, por mim, diria que a Química só me serviu até hoje nos cabelos, para colorí-los, mas como educadora, infelizmente, não poderia dar uma resposta como essa, não é mesmo?
Vida de professor, definitivamente, não é fácil!
 

De volta a ativa...

 
Sexta- feira (14), a meia noite, cheguei de Brasília-DF.Confesso que apesar de estar no centro da Administração Pública, onde tudo acontece e/ou não acontece, senti muita falta da minha Teresina, da minha família, amigos e animais de estimação, pensei por um instante que não consegueria viver longe desse aconchego, quando a saudade me aturdia. 
Passei uma semana inteira, em ritmo frenético, fazendo um curso excelente em Gestão de Contratos de Serviços e Suprimentos.Lá, além de todo o conhecimento adquirido com uma das professoras mais reconhecidas no Brasil, professora Antonieta Pereira Vieira, uma verdadeira sumidade no assunto, pois além de publicações na área, vivenciou a Administração Pública em sua plenitude, tive também o privilégio de conhecer pessoas de diversos estados, dentre eles Ceará, Pará, Minas Gerais,Paraíba e Rio Grande do Sul, com boa parte de suas experiências de vida e profissionais  compartilhadas.
Jamais esquecerei minha turma, cada personagem com o sotaque característico de sua região e com suas experiências ou inexperiências de vida...mal sabem como me ensinaram.Sentirei falta de tudo isso...
Essa troca me fez retornar para Teresina mais segura do que vou desenvolver no meu trabalho e espero, com isso, colaborar de forma mais efetiva para o melhoramento do IFPI.
 
"Ainda bem que sempre existe outro dia.
E outros sonhos.
E outros risos.
E outras pessoas.
E outras coisas..."
(Clarice Lispector)

domingo, 27 de maio de 2012

Icecream

"Já que eu não te tenho aqui perto, eu vou tomar um sorvete para alegrar o meu dia!"

terça-feira, 22 de maio de 2012

Coisas que eu sei

Sei quanto tempo precisa pro 'café esfriar'. Café  pra mim é coisa séria, esfriou, fica amargo e não desce mais.

Sensacional, Jabour!

Relacionamentos

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.


Detesto quando escuto aquela conversa:

- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.


Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.

Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.


Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.


Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.

Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.


Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.


Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?


Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.


E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.


Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.


Na vida e no amor, não temos garantias.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????

Arnaldo Jabor

sábado, 19 de maio de 2012

É...

"Dias sim, dias não...eu vou sobrevivendo sem um arranhão..."

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Resultado

Não passei pra seleção de instrutor. Só somei 55 pontos na análise de currículo. Quem passou ficou com 75 e 60 pontos. Que venham os próximos!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Cobaias, sim!

Depois do almoço, uma professora passou por mim e amigas do trabalho e nos convidou para participar de uma degustação de biscoitos, a tarde. Eu e as meninas, que viajamos mais que o Bob em seu 'Fantástico mundo', imaginamos que teríamos diante de nós uma mesa de biscoitos de todos os tipos e formas para provarmos até dizermos "chega!". Ledo engano. Chegando no lugar e hora determinados, ficamos decepcionadas por não vermos uma mesa farta com os biscoitos que imaginamos e logo tivemos a surpresa:íamos participar de uma pesquisa e para isso tínhamos diante de nós três copinhos de café, cada um com um biscoito dentro, um copo d'gua e ainda um papel e caneta do lado. Ficamos sem entender muita coisa, mas pra não sermos deselegantes sentamos e ouvimos as coordenadas da professora, que foi nos orientando a como preencher o bendito papel. Foi aí que descubrimos que estávamos ali para sermos cobaias. Tivemos que provar biscoitos, cookies, e atestar o que achávamos sobre textura, cor, aroma, sabor residual, dentre outras coisas, sempre seguindo critérios pré-estabelecidos.  Depois, lembrei-me que a tal professora, que  nos fez o convite, está fazendo mestrado.A danada nos usou pra fazer uma pesquisa e nos atraiu pela gula!
Tem nada não, o importante é ajudar no crescimento e desenvolvimento das pessoas, nem que seja comendo  biscoitos e dizendo se gostei ou não! né, não?

terça-feira, 1 de maio de 2012

Contrariando os sábios

Exausta! contrariei todos os gurus dos concursos públicos e não fiz o ciclo de disciplinas.Passei o dia inteiro estudando Direito do Trabalho.
O cérebro é meu e eu aprendo do jeito que eu quiser, ora!

01º de maio

Nada melhor que comemorar o dia do trabalhador estudando Direito do Trabalho.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Atleta vaidosa

Hoje comprei novas malhas pra correr. São lindas e já estou com vontade de usá-las. Hoje a noite começo a inaugurá-las.
Correr faz bem e com roupinhas novas, melhor ainda!

Confissão

Não foi preciso dormir sobre as roupas ontem a noite. Arrumei tudo e guardei no guarda-roupas, antes de dormir!

Personare

"Um caleidoscópio de chances!

O 7 de Copas como posição central se traduz naquele momento em que a vida explode em múltiplas novas possibilidades afetivas diante de nós. Isso pode ser bom, num sentido de que nos abrimos a novas possibilidades e percebemos que, a despeito de nossos apegos, há muita gente interessante no mundo. Mas também pode ser ruim, pois pode sugerir distrações indevidas e uma constante atração pela “novidade”, que termina impedindo que uma relação estável se configure – afinal, há sempre algo novo “reluzindo” e se oferecendo. É preciso, neste momento, ter crivo crítico para saber discernir entre o que é uma boa possibilidade nova e o que é apenas uma distração que desvia você do seu foco amoroso. A busca incessante pelo prazer pode lhe levar à devassidão, aos vícios e aos maus hábitos. Não desperdice boas oportunidades afetivas apenas por conta de uma satisfação momentânea dos seus prazeres, Geovana. Caso contrário, você curtirá o momento, mas posteriormente sentirá solidão.
O grande desafio do momento será saber definir, dentre as possibilidades variadas que se apresentam para você, quem realmente é verdadeiro em sua vida. Cuidado para não se distrair demais com outras possibilidades afetivas e terminar perdendo alguém especial! O que não lhe faltará, neste momento específico, é a presença de outras pessoas se oferecendo, criando dúvida e afastando seu coração do seu foco inicial. "

Ah, tá! agora me explica quem é esse alguém especial e que foco inicial é esse que não tô sabendo.

Rum um um!

domingo, 29 de abril de 2012

Nunca mais eu saio

Acabei de pronunciar esta frase: nunca mais eu saio! Pelos meus cálculos, deve ser a décima vez que falo isso. Mas um dia eu aprendo e entendo que sair a noite só me serve pra perder sono, tempo e passar raiva.
Enquanto estou aqui morta, milhares de pessoas estão estudando ou fazendo outra coisa útil, enquanto eu nem consigo tirar as minhas próprias roupas do meio da minha própria cama pra eu mesma me deitar.
Nã! 

Essa Marina...

Tirei todas as roupas do meu guarda-roupas e pus em minha cama. Passei a tarde inteira olhando pra elas sem saber por onde começar a organizar e com a coragem de dez cavalos mortos. Agora estou com sono e pensando se tem algum problema dormir sobre elas.
Tudo culpa da Marina!

A noite passada

Ontem a noite estava "morta com farofa", pois além de um dia cansativo, tive muitas emoções por conta da minha despedida, mas como já havia combinado de sair com Marina, resolvi criar coragem e ir.
Liguei pra ela a tarde e entendi, inocentemnete, que ela estava num culto,na verdade estava num curso de streap-tease! Sim, tenho uma  amiga que faz curso de Streap-tease!
Às 23h ela passou aqui e fomos para o bendito show. Sabia que não seria uma boa ideia sair no estado que estava e ao chegar lá veio a constatação. Fiquei encostada numa barraca a noite inteira, pois não tinha onde sentar, ainda arrisquei dançar umas três músicas com o tio da Marina que apareceu por lá e pronto.Passei o tempo todo pedindo pra ir embora, que nem menino quando chega em um lugar que não tem brinquedos ou crianças, mas Marina estava gostando e resolvi ficar até o final. 
Resultado: ainda não me recuperei da noite de ontem e acho que vou precisar de uma vida pra isso acontecer.

A minha despedida

Ontem foi meu último dia de aula em Campo Maior. Os alunos não sabiam disso e, quando contei, ficaram incrédulos.No intervalo do almoço sai pra almoçar com a equipe administrativa do Campus e no final da aula, que era aplicação de prova, fui para a despedida com meus alunos. Nesta, fomos para um bar ao lado de uma lagoa, lugar muito aconchegante chamado Hawaí.Adorei!
Ganhei um colarzinho de uma aluna e escutei coisas boas de muitos deles. Jamais esquecerei esta experiência de quase dois anos ao lado dessas pessoas incríveis!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Adios, Contabilidade!

Chegando agora da aula de Contabilidade Geral. Hoje, depois de quase duas horas boiando sobre ICMS, PIS, COFINS e IPI, cheguei a conclusão que essa disciplina não dá pra mim. Claro que aprendi muitas coisas durante o curso, como por exemplo a fazer lançamentos contábeis e a interpretar balanços, mas entrou nessa parte de impostos, complicou minha vida. Eu sei que se estudar eu aprendo, mas não quero aprender isso e quando meu cérebro diz isso, nem adianta insistir.
Bem, estou ainda mais confiante da minha decisão, porque o concurso que quero de verdade não tem essa disciplina como exigência, então, adios Contabilidade!

Cansaço, teu nome é Dydja!

Nem se o  U2 e Coldplay tocassem hoje, na Praça Cultural, perto da minha casa, eu me animaria pra sair de casa. Hoje estou uma velha idosa e vou pra aula porque é o jeito.

Mudança de hábitos

Depois de todo mundo, inclusive minha mãe, sugerir que estou um pouco acima do meu peso ideal, tenho encarado as atividades físicas com seriedade. Tenho corrido quase todos os dias e o cansaço se faz presente em meu corpo. Também mudei alguns hábitos alimentares,estou tentando diminuir a ingestão de carboidratos e doces, o que pra mim é muito difícil. As frutas, especialmente pêra e banana, têm ganhado lugar especial no meu cardápio noturno e tenho me sentido bem com isso.
O bom de tudo é que estou vendo alguns resultados e isso tem me motivado a não desanimar!
De volta ao projeto " trintona toda boa"!

Coragem, teu nome é Dydja!

Hoje criei coragem e me inscrevi pra ser instrutora de um curso de capacitação de servidores, do órgão que trabalho,na área de Administração Pública. Digo coragem, porque me puseram muito medo, dizendo que meus alunos serão "osso duro", mas mesmo assim guardei meus medos só para mim e fiz minha inscrição. Não sei se passarei, afinal, a seleção é por análise de currículo, e tenho pouca experiência comprovada.
 Dia 04/05 sai o resultado. Vamos ver no que vai dar!

My cats

Os bebês gatinhos, que meu chefe queria levar "pra casa", já têm, cada um, o seu lar. Feliz demais!!!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dois cancerianos sem lar

Luis e eu temos histórias parecidas e deve ser isso que nos aproxima. Nos conhecemos quando ainda éramos estagiários, nos idos de 2007, em um lugar que não favorecia amizades ou aproximações, mas mesmo assim nos tornamos próximos e desde então nunca perdemos contato.
Nas poucas oportunidades que tivemos de trabalhar juntos, no mesmo setor, descubrimos coisas em comum, como gostar da banda Engenheiros do Hawaí, especialmente da música De Fé, e dos desfiles das Escolhas de Samba do Rio de Janeiro. Lembro até quando ele foi ao Rio e voltou me matando de inveja por ter visto de perto aquilo que sempre vimos e nos maravilhamos pela tv: a exuberância das escolas e todas as suas cores e sons bem de perto.
Além de gostos parecidos, temos uma outra coisa em comum: o signo de câncer! A gente sempre se diverte falando das características do nosso signo e descubrindo que somos muito parecidos em muitas delas e o engraçado é que sempre ficamos surpresos com a imensa coincidência que é sermos tão semelhantes, mesmo vivendo em corpos diferentes, por simplesmente ter um signo em comum.
Além de todos esses gostos e jeitos parecidos, temos histórias de vida parecidas.Hoje conversávamos sobre nossos relacionamentos fracassados e, olha só, tivemos mais uma coincidência para colecionar,temos histórias que não deram certo e sempre, no final, recebemos uma enxurrada de bons adjetivos, sucedida de um MAS: " você é gente boa, maravilhosa, inteligente, blá blá blá, wiskas, sachê, MAS, não mereço você, a gente  não vai dar certo". A verdade é que eu e Luís temos cicatrizes provocadas por instrumentos semelhantes e isso nos aproxima, pois queremos nos entender no outro.
Depois da nossa conversa, deitei em minha cama e me pus a pensar no que há de errado comigo, com ele, enfim, com nós e a conclusão que cheguei foi que sempre pusemos pessoas erradas no lugar certo.Talvez ele concorde comigo nesse aspecto.
Enfim,gosto da presença do Luís e de saber que tem alguém nesse mundo que me entende por ter conhecimento de causa.
É isso...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Enfim, conectada!

Não sei nem como começar esse post, afinal, nunca pude escrever nada a noite, porque a minha "super- internet-de-chip-de-celular", não deixava, então, não sei como começar. Era sempre assim: tinha que deixar pra escrever minhas coisas no dia seguinte, o que pra mim é muito grave, uma verdadeira tortura chinesa, pois, nada melhor que deixar-se levar e escrever no calor das emoções.É assim que gosto!
Pois é, agora tudo mudou, depois de passar muita raiva com a Oi, que me enroolou pra entregar meu modem,tenho uma internet de vergonha - se bem que qualquer velocidade é melhor que o kbites que tinha meu chip- e agora posso escrever minhas bobagens na hora que bem quiser!
Claro que eu não poderia deixar de registrar este momento, que se efetiva agorinha mesmo!Iuuupiii!

A luta continua

Queria ser menos boba...sofro demais vendo o sofrimento alheio, especialmente de animais, tão frágeis e indefesos. No meu trabalho tem alguns animais abandonados que eu e mais outros servidores alimentamos todos os dias. Dentre eles têm uma gata que sempre está dando crias e que já resolvemos providenciar a operação dela em breve. Recentemente, esta gata teve dois filhotes(coisas mais lindas que já vi) e meu chefe, inimigo nº 01 dos felinos, pediu para um funcionário colocá-los em uma caixa que ele iria levá-los para casa(desconfio que não seja para criá-los). A pouco vieram me contar que o tal funcionário já tinha colocado os bebês na caixa e estava levando para o carro do meu chefe. Corri, tomei a caixa e disse que os gatinhos eram meus. Depois disso, fui na sala do meu chefe e pedi que não os levasse, graças a Deus ele deixou. Peguei os gatinhos e pus na sala ao lado e estou aqui quebrando a cabeça, querendo saber o que faço com essas crianças. Inda bem que um servidor quer um, mas o outro continuará sem dono.
Ai ai ai meu Deus, ajude-me!

Servidores, uni-vos?

Hoje é dia da 'Mobilização Nacional dos Servidores do Executivo' em prol de melhorias salariais...e eu aqui sentada, trabalhando, enquanto milhares de pessoas "brigam por mim". Isso não é comodismo,acredite! A verdade é que estou numa fase da vida em que eu não brigo por nada, luto por o que eu quero do meu jeito, sem confusão, sem stress desnecessário. Entendo que se eu estiver insatisfeita com algo eu tenho que dar um basta  e pronto. Por isso, acho que a melhor forma de aumentar meu salário é passando em um outro concurso que pague melhor, ora!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Minhas últimas 48h

Sábado foi o "dia D". Tive que ir a uma reunião do meu agora antigo emprego e depois tive um papo com minha agora ex-chefe imediata. Pedi pra sair da tutoria, por motivos de força maior, e ficou tudo acertado para eu ir para o último encontro sábado. Não sei como será falar isso para os meus alunos, não sei se falarei ou se só avisarei pela plataforma um dia depois. Ah, quer saber? vou deixar pra pensar nisso só amanhã!
A tarde fui ao salão cuidar das madeixas e depois comi todos os sushis que couberam no meu estômago(esse foi meu almoço às 15:30 h). Ao final do dia comecei a ler um livro sobre Projetos, livro esse que ganhei de presente de aniversário do meu amigo Helano, e  descubri que o tema me atrai em demasia. 
A noite de sábado foi encerrada com um convite abortado pela tempestade que caia dos céus ao som das músicas de CD homônimo, do Legião Urbana e imaginando como estaria me divertindo no show dos Los Hermanos, que estava acontecendo naquele momento em Fortaleza - CE.
Ontem, fiz questões de concurso e passei o resto do dia cuidando de mim. Final da tarde fui dormir na casa da Paulinha, grande amiga-irmã, e foi muito legal, pois conversamos e sorrimos muito, lembrando dos tempos de universidade, até dormir. Acordei cedinho, tomei café com cuscuz de arroz feito por ela e vim trabalhar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Amor que morre


Amor que morre


O nosso amor morreu... Quem o diria?
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De que outro amor impossível que há-de vir!
 

Florbela Espanca

É...

'Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.'

quinta-feira, 19 de abril de 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Xô urucubaca!

Tô perdendo tudo...primeiro, o cartão do banco, agora o acesso ao hotmail. Eu, hem!                                              

A volta da atleta

Ontem resolvi voltar a fazer tudo que gosto e a minha atividade preferida, sem dúvida, é correr. Gosto de correr e sentir o vento no rosto. 
Depois de muito tempo parada não consegui fazer mais que 3 km, mas prometo que vou me disciplinar novamente e em breve estarei linda, 'loira e japonesa'!(hehe!)

Visita do Pão.

Ontem tive uma surpresa boa em casa. Estava estudando, quando Neto 'pão' me liga dizendo que ia passar lá em casa pra me ver.Inventei mil desculpas, disse que estava estudando, doente, acamada...mas não teve jeito, ele foi.
Neto é um sujeito muito engraçado e fica ainda mais engraçado na sua moto Pop 100. Convidei-o para ir a padaria comigo, comprar pão pro Pepê(sobrinho), mas preferi ir a pé. Fomos. Ainda bem que levei o guarda-chuva, caso contrário ficaríamos totalmente molhados com a chuva que deu ontem. De lá até minha casa fomos sorrindo por ter que dividi um guarda-chuva tão pequeno, parecíamos duas crianças.
Na hora que pão resolveu ir embora foi outra graça. Tive que pegar a capa de chuva cor-de-rosa de minha mãe e emprestar para ele. Ele, claro, relutou bastante, mas quando viu que era o jeito, aceitou, sabendo que terá que devolvê-la inteirinha hoje.Se vira, negão!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Lispectando

'Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer. '

Clarice Lispector

É isso...

sábado, 14 de abril de 2012

Droga, droga, droga!

Como queria estar em SDM! Mamis foi pra lá com minha vozinha, minha tia Help e meu primo Nelson( famoso "di Nelso"). Na verdade, ontem foi o aniversário da minha madrinha Jandira e da tia Help e pela primeira vez, em anos, juntas.
Como diria Luís Antônio, meu amigo: droga, droga, droga! mil vezes droga!

Esperando...

Nesse momento, estou em Campo Maior com meus alunos. Eles estão fazendo um questionário de Finanças Públicas e doidos para voltarem para suas casas correndo. Que coincidência!

Conselho de uma amiga

- Dydja, quem quer ter paz, não pode ter um amor!
- Tá bom!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Olhos nos olhos

Chico Buarque sempre tem uma canção pra me emprestar. Uma canção que diga mais que qualquer palavra. Nesse momento," Olhos nos olhos" é a música ideal. Segue a belíssima letra:


Olhos nos olhos

Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.
Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Noite fora do script

Ontem fui à aula de ônibus, até que cheguei a tempo, mas depois, às 22:35 h, "descobri" que não tinha como voltar pra casa - esqueci meu celular em casa, ao mudar de bolsa, e não encontrei nenhum orelhão por perto - o jeito foi me aventurar e ir a parada de ônibus mais próxima, arriscando a sorte.
Esperei uns 20 min, com outras poucas pessoas, até que passou um ônibus para o meu destino. Porém, o mesmo ainda faria um trajeto via centro para então ir para os bairros.Olhava, incansavelmente, para o relógio, como uma tentativa de ver o tempo passando mais rápido e poder chegar em casa o quanto antes.O motorista ligou o som na rádio local, parecia mal sintonizada, pois era alto e estridente, deveria ser uma forma de afugentar o sono e manter-se concentrado enquanto dirigia. O cobrador era um sujeito de cabelos grisalhos e ar abatido, equilibrava-se sobre sua cadeira, com os olhos fechados, segurando com uma das mãos a haste sobre sua mesa de guardar dinheiro. O som foi incapaz de despertá-lo. Os rostos dos passageiros sinalizavam todo o cansaço de um dia.
Passando pelo centro da cidade,vi coisas que meus olhos ainda não tinham visto a olho nu: um casal dormindo abraçado, sobre um papelão, no Mercado Central; um homem sentado com o olhar perdido no Rio Parnaíba, como se tentasse afogar suas dores,  um vendedor de pipocas amarrando seu carrinho, com muito cuidado, e indo para casa esperar um novo amanhecer. Quando o ônibus parou num sinal, em frente a uma loja de veículos, meus olhos também viram o carro dos meus sonhos. Enquanto o sinal mudava de cor, imaginei-me dentro dele, a 100 km/h, com os vidros abertos, deixando o vento tocar meu rosto e bagunçar meus cabelos, enquanto ouvia, em volume máximo, Losing my Religion do R.E.M.
Cheguei em casa 23:30 h, exausta e com muito sono, pensei em tudo isso que me ocorreu, nesta noite fora do script, e dormi com um sorriso no canto da boca.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Alguém me disse

"Conheço bem tuas promessas
Outras ouvi iguais a essa
Esse teu jeito de enganar conheço bem.
Pouco me importa que tu beijes tantas vezes
E que tu mudes de paixão todos os meses
Se vais beijar como eu bem sei
Fazer sonhar como eu sonhei
Mas sem ter nunca amor igual ao que eu te dei..."


Yeah!

Relatório de Páscoa

Não tenho muita coisa pra contar dos meus dias de feriado, a não ser que foram bem santos, no sentido de ter ficado em casa todos os dias e sentido falta de pouca coisa. Claro que fui passar um dia no sítio dos meus pais e achei um barato ver como está ficando bonito aquilo lá. Cozinhei com minha mãe, ouvi histórias de interior contadas pelo meu tio favorito, refleti sobre a vinda de Cristo na Terra, dormi de rede na varanda, comi chocolates de diversas marcas e sabores duvidosos e li o Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, por indicação e insistentência de um amigo. Em outro momento colocarei as minhas impressões a respeito deste formidável livro, ainda estou saboreando-o.
Acho que as pilhas foram recarregadas.

Resposta a Morfeu

Aquela menina de vestido branco detalhado com o colorido de pequenas flores, deitada sobre uma cama vermelha, ouviu a voz de Morfeu antes que  abrisse a porta, continuou deitada e, ainda com os olhos fechados, lhe recebeu com um sorriso de paz. Porém, ao despertar, percebeu, assustada e com os olhos marejantes, que tudo não passava de um sonho.Fechou novamente os olhos na tentativa vã de voltar para aquele sonho, foi então que percebeu que não conseguiria e que tudo ao seu redor continuava inerte. Dydja finalmente compreendeu que Morfeu não foi mais que um sonho...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Confissão de quarta

Ontem corri 4 km pensando nos chocolates que comerei nesses dias.
Chocolate faz bem!

L'Avventura

'Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos?'

Dia-a-dia

Foi só entrar na net pro Thiago mandar um link de uma música, que segundo ele, retrata meu drama. Chama-se Dia-a-dia do Roberto Carlos.
Thiago se droga, só pode!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Só por hoje

Posso até ficar triste se eu quiser,é só por hoje, ao menos isso eu aprendi.

Yeah!

Exausta!

Minha rotina diária tem exigido muito de mim e meu corpo tem mostrado sinais de cansaço. Corre-corre pro trabalho, pro cursinho e ainda para atividades físicas. Preciso de dias de descanso.
Semana santa, semana santa...chega logo, sua linda!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Doce amigo

Chegando agora de um almoço com Thiago Viana. Encontrá-lo, mesmo quando não estou muito bem, sempre enche de paz e alegria o meu coração.Ele sempre tem algo pra falar, que acalenta a alma, e faz acreditar que o dia de amanhã será melhor.
Thiago é, sim, meu grande amigo e tem como maior dom sabe ouvir. Faz isso como ninguém e só emite alguma opinião quando solicitada. Na verdade, o que sei e sinto é que os amigos são os irmãos que escolhi e Thiago, sem dúvida, é um deles.
  
"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"(Vinícius de Moraes)

Niver do Tobyas

Ontem foi o aniversário do Tobyas (my dog), 3 aninhos, e ele parecia que sabia, passou o dia abanando o rabinho, todo feliz!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Sexta

Nem fico tão animada quando chega a sexta, pois pra mim, alguns finais de semana são de muito trabalho também. Hoje tive que organizar a confraternização dos aniversariantes do mês de março, aqui no órgão que trabalho...isso deu uma trabalheira: pega salgados aqui, pega bolo lá...não, o bolo não está pronto,espera...liga pra chefe..avisa que vai atrasar...blá, blá, blá wiskas sachê!ufa!
Amanhã irei a Campo Maior ministrar a disciplina Direito Administrativo, para minha turma de Administração Pública, a noite estarei exausta,já posso prever!
Chega logo semana santa, chega!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cólica, teu nome é Dydja!

Sim, amanheci mal, cheguei tarde ao trabalho, tive espasmos de dores o dia inteiro e não tem buscopam composto, no mundo, que dê jeito! Tô insuportavelmente chata, então é aconselhável não mexer comigo, nem me olhar com cara feia.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Salto?

Morta com farofa!o dia ainda nem terminou e meus pés já sentem todo o peso de um dia. Isso não é a toa, vim trabalhar de salto!Não, não é um salto descomunal, do tipo que tenha que andar me equilibrando...é algo bem modesto, apropriado para eventuais caminhadas durante o dia.

Agora fico me perguntando: como é que meu dia sabe que eu vim trabalhar de salto, hein? tem um espião verificando e passando um rádio para o mundo, é? não, é sério!tô cheia de por salto e ter que trabalhar em triplo, a sensação que tenho, ao final do dia, é que participei de uma maratona! e quando venho de sapatilha, o dia transcorre numa calmaria que dá medo. 
Moral da história: já percebi que não dá pra trabalhar e ser elegante ao mesmo tempo!Nã...ceramente!

terça-feira, 27 de março de 2012

Historinha ilária depois do almoço

Não posso deixar de contar uma história ilária, que uma amiga do trabalho acabara de contar, no intervalo do nosso almoço. Ela, a muitos anos atrás, final da década de 80, era apaixonada por um carinha e numa das poucas vezes que tiveram oportunidade de conversar, o diálogo transcorrera da seguinte forma:

( Ela falava de um tal Disco Quatro Estações, para outra pessoa, e ele 'se mete' na conversa por ouvir isso, que lhe agradara bastante aos ouvidos...)

Carinha: - Nossa! adoro o Disco Quatro Estações!você gosta mesmo, fulana?

Amiga: - Não acredito que você gosta desse Disco, fulano!-disse isso com bastante euforia- (Nesse momento a paixão da moça triplicou de tamanho, imagino.)

Carinha: - Sim, adoro aquela música "quando o solllllllll, bateerrrrrr, na janeeeelaaaaa, do meu quartoooo".

(Ela olha para a cara do sujeito sem entender muita coisa...e num esforço sobrecomum busca em sua mente essa canção tão estranha aos seus ouvidos...mas não obteve sucesso...)

Ele continua numa empolgação só...

 - E aquela outra: "quando não estás aqui, tenho medo de mim mesmo e sinto falta do teu corpo junto ao meuuuuuuu..." E você, fulana, de quais músicas gosta?

Amiga: - Não, não sei! (Nossa, será que ouvi o disco todo? pensou meio envergonhada...na verdade, a amiga desconhecia o que o pretendente falava, parecia que falavam em línguas diversas, para seu espanto.)

Os anos se passaram e 'istudia' a amiga descobre que o carinha falava do compacto "As quatro estações", da saudosa banda Legião Urbana, que amo tanto, enquanto ela se referia ao "Quatro Estações", da dupla "Sandy e Júnior".

Fala sério!

Papo deTagarela

Estou muito tagarela hoje e sem ter com quem conversar, o remédio é blogar!

Ah, chega de saudade!

Santa Semana

Semana Santa chegando e ainda não sei o que será de mim.Tenho muita coisa pra estudar, muita coisa pra rever...preciso passar em um outro concurso com a urgência de ontem e pra isso preciso me dedicar com mais afinco. Esses dias de feriado seriam uma mão-na-roda. Porém, se ficar em casa me sentirei só, porque de fato estarei só, pois minha família vai para Florada, nosso sítio, e corro o risco de não estudar.
Ai ai...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Traduzindo-me

Talvez umas das coisas mais difíceis que exista seja reconhecer os próprios erros e tentar melhorá-los a cada dia. Talvez, até mesmo, esse seja um dos propósitos da existência, sei lá!

Ultimamente, meu ‘eu lírico’- é assim que chamo as minhas ações quando desprovidas de razoabilidade ou quando duvido que sejam de minha autoria – tem me colocado em situações indelicadas, que tem me tomado muito tempo, pensando em formas de retificá-las. Não, não é nada que me impeça de por a cara na rua, ou de fitar alguém nos olhos, é só um desconforto que martela a alma e que impede que a vida transcorra como se o mesmo não existisse.

Quando peço para alguém falar de mim, como uma forma de obter um feedback, sempre escuto a já esperada resposta: intensa. Sabe, tenho pensado sobre esse meu adjetivo e percebi que ser intensa tem lá seus prós e contras, afinal, ser ‘isso’ implica em não ser meio termo, não ser menos, ser sempre mais e isso pode ser bom, ou ruim. Em outras palavras, sou muito em tudo: na  alegria, na dor, na esperança e na falta dela, no ódio e no... Amor.

Sim, sou muito intensa, assumo isso e se estiver codificado penalmente, então será um crime e se houver uma  pena, cumprirei, caso contrário, continuarei assim: um dia 8, outro 82, às vezes sim, outras não e outras até por quê, umas vezes com desejo, outras com asco. 
É...sou um ser complexo e incoerente por natureza, como sempre frisei ao me descrever, um tanto paradoxal, por inúmeras contradições que se avolumam e às vezes transbordam em palavras e ações, algumas boas, outras nem tanto. Sou até incoerente e prolixa, o meu texto está cheio de mim mesma, é só 'reparar'. Pensando bem, acho que Ferreira Goulart profetizou a meu respeito quando escreveu o poema Traduzir-me..."uma parte de mim é permanente, outra parte se sabe de repente"...é isso!

Mas o que me fez concretizar esta análise tão introspectiva - não foi nada ‘narcisista’ - mas sim o fato de perceber a necessidade que as pessoas sentem em  mudar os meus móveis emocionais de lugar. Mas como pode alguém mudar os móveis que não são seus?sempre pensei que sendo meus, os mudava quando quisesse, quando abusasse o layout ou desejasse mais espaço. Agora fico a me perguntar: o que devo mudar? como posso mudar? Será que a mudança vai comprometer a identidade do ‘meu lugar’? Eis a questão.

Depois de muito refletir e até relutar, percebi que tenho que fazer uma grande reforma íntima. Esta, vai muito além de mudança de móveis, preciso fechar buracos, fazer pinturas e outros reparos que ainda nem sei quanto vai custar. Sim, vai dar trabalho, mas quando terminar, serei uma pessoa melhor, serei uma pessoa bem melhor...


Geovana Azevedo

sexta-feira, 23 de março de 2012

Quando você voltar...

Pensei em mil coisas para serem ditas nesse momento, mas mais uma vez uma música pode falar mais por mim...

Quando Você Voltar

Legião Urbana

Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre
Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.
Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você
Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo...

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Relatório do Carnaval 2012

“Tô aqui deitada no meu quarto, de pijama, porque tem visita estranha na sala”...

Então, vou aproveitar pra discorrer sobre o meu feriado de carnaval, tô devendo essa.

Bem, tudo começou quando recebi um convite do meu primo Nelson, que está morando aqui em casa, para irmos para São Domingos do Maranhão, cidade que visitei quando criança, quando minha tia-madrinha(que amo muito!), mãe dele, casou.A cidade em si é um charme, casas pequenas e humildes, mas é possível ver algumas com uma arquitetura mais moderna.Em menos de uma hora, é possível conhecer toda a cidade de carro e isso a torna muito acolhedora.

 São Domingos é uma cidade pacata e pequena em que todos os moradores se conhecem e as mulheres se chamam carinhosamente de “fia”.  Os homens vivem do comérico local e alguns poucos empregos públicos e as mulheres cuidam das casas e, às vezes, de uma quitanda, na própria casa. Quando chegamos, tivemos que passar pela quitanda da casa da minha tia para adentrar a casa, embora tenha outra entrada. Ao passar, pude sentir os cheiros das especiarias, que misturados aos doces e ao cheiro de madeira do balcão, levaram-me por um curto espaço de tempo aos meus tempos de infância. Claro que os comércios/quitandas continuam existindo, mas não têm mais aquele cheiro que pude sentir lá, cheiro de coisa boa, cheiro de infância. Ah, que sensação boa, que regaste logo na minha chegada. Confesso que por  muitas vezes fui à quitanda da titia só pra sentir aquele cheiro e tentar guardar na minha memória, já que em um frasco não é possível, pra quando tiver divagando sobre minha velha infância, poder sentí-lo novamente.
Ao adentrar na casa pude ver como é grande e espaçosa, como as antigas casas. Nem lembrava desse detalhe, afinal, fui lá quando era criança e a única coisa que queria era correr naqueles corredores e  brincar de esconde-esconde.Esta casa pertenceu aos pais do meu tio Galego, esposo da minha tia Jandira, pais do Nelson, que por uma questão de conveniência resolveram morar lá para receber os parentes que sempre os visistam.
Minha tia Jandira é “o doce que toda formiga quer ter”, e tem um esposo maravilhoso conhecido como Galego. Ele já tinha duas filhas antes de casar, Keila e Kécya, e tiveram Nelson e Maria Luíza. Titia tem tem uma coleção(?) de jabutis, dois cachorros que atendem por Cebolinha e Dick, que  gostaram de mim e que me pediam coisas pra comer toda hora, e um gato lindo que eu não largava um segundo, cujo nome é Nick. Quem me conhece sabe que eu tenho uma paixão por bichos e os gatos me encantam ainda mais por seu ar misterioso. Nick é gordão, obeso acho, só come ração wiskas e só bebe água direto da torneira,tem que abrir só um pouquinho pra ele não molhar o corpo, pede carinho quando passamos e faz xixi na cama das visitas se a porta estiver aberta(safado).

Chegamos na sexta e no sábado começaram a chegar os demais parentes dos meus tios, que assim como eu, resolveram passar o carnaval por lá. Dentre todos os visitantes (todos forasteiros) duas pessoas merecem destaque e valeram por toda a viagem: Samyra e Saulo. Eles são irmãos, sobrinhos dos meus tios e moram em São Luís do Maranhão. Nós nos demos super bem ao ponto de quase nunca nos desgrudarmos pra nada. Samyra é o tipo de pessoa que tenho a certeza que posso chamar de amiga, pois transmite essa certeza e mesmo um pouco menos de uma semana pude tirar essa conclusão. Saulo...o que falar dessa pessoa tão transparente e querida por todos? parafraseando um compositor piauiense ao qual nutro grande admiração pelas belas canções, Teófilo, ele é “ um menino parecido com alguma coisa que ainda não apareceu, parecido com as linhas da vida, que a cigana ainda não leu...parecia o abraço do sol com a lua, o minuto que o relógio não deu(...)”. Alguém já disse que as pessoas especiais, quando passam por nossas vidas, deixam para sempre suas digitais em nossa alma, acho que foi isso que Saulo fez.
É...acho que posso dizer que agora sei o que é carnaval: dancei, pulei, corri atrás de blocos(3), joguei e fui lambuzada de maisena, bebi, chorei, sorri e beijei na boca. 
Na quarta-feira de cinzas voltei pra casa, com Nelson, primo querido, desfiz as malas e voltei pra minha realidade.

Geovana Azevedo

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tensa

Tô precisando ir ao centro comprar coisinhas piscantes e coloridas pra me enfeitar no carnaval, mas não posso sair do trabalho antes das 17h. Às 18 h marquei salão e às 19h  um chat tira-dúvidas com meus alunos. Tô vendo que terei que desafiar as leis da física para estar em dois lugares ao mesmo tempo. 

Pára Jimi...

O Jimi Hendrix fica me olhando de um jeito 'monalístico', nesse novo layout. Fico com medo, nã!

Visita ao médico

Ontem fui levar meus exames clínicos para o nefrologista ver. Senti falta da minha caminhada, mas não dava mais pra esperar para saber se estava tudo bem comigo.Chegando lá tomei um chá de cadeira terrível...cheguei 16:30h e saí 20:00 h, o doutor se atrasou pra caramba.
Cheguei a conclusão que o doutor é do rock, porque ele fala mansa e pausadamente e tem a cara do cantor Lobão. Juro que tinha horas que eu tinha que tirar a vista senão eu ia pedir pra ele cantar 'Rádio Blá' pra mim ou pedir um autógrafo, o que seria bem pior.
Depois da consulta tive que peregrinar para pegar um ônibus, no centro deserto. Meio tenso, mas cheguei sã e salva.
O importante mesmo é que tirei nota 10 em todos os exames, como diria o doutor doidão, exceto em um que merece antibiótico, mas já comecei a tomar. Ele disse que  tenho que beber muita água até o xixi ficar claro.Conclusão: em casa, tenho que fazer xixi no chão porque o vaso sanitário é marrom.

É meu amigo, como diria Baleiro: a vida é doce, mas viver tá de amargar!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

É como diria Baleiro...

"Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível, tanta coisa diferente?Sem saber que a beleza de tudo é a certeza de nada e que o talvez torne a vida um pouco mais atraente..."

O placa tá lindo!

Nossa, como ficou lindo o novo layout do meu Placa de neon. Tá tão-tão-tão rock'n roll...como eu sempre quis! Não posso deixar de agradecer ao meu amigo Rildo por me fazer esse mimo. Só uma alma iluminada pelas fagulhas da generosidade para fazer um negócio desses.Valeu Rildexter!
Ai, ai, ai...como é bom ter amigos!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rildo...

Rildo, acho que já tá na hora de tirar esses bonequinhos, biscoitinhos e guirlandas que pôs no meu( digo, nosso) blog, né não?Aguardando uma coisa bem rock'n roll pra 2012.

Carnaval...

Sábado fui ministrar aula em Campo Maior e cheguei em casa às 17 h, morta com farofa! a tarde tinha o Corso, que eu tinha dito que ia, mas o cansaço não permitiu e eu perdi a chance de entrar no Guiness Book, e daí? Logo mais a noite minha mãe me convenceu a ir a um jantar que minha irmã organizou sem motivos aparentes.Fui e inclusive fui um tanto deselegante, pois fui à cozinha comer o que cabia no estômago antes de servir o jantar a todos os convidados, porque a horas não comia nada. 
Depois do jantar, bateu uma vontade desesperada de ir embora e quando estava de saída chegou uma sobrinha torta da minha irmã que eu adoro, a Marininha. Ela me chamou de mole e outros adjetivos que lembram velhice, quando disse que estava indo pra casa dormir o sono dos justos. Então, humilhada, tive a brilhante ideia de tomar um energético e como um passe de mágica, ressucitei.
Topei sair com ela, mas antes fui em casa e dei uma ajeitada nos olhos, que ainda denunciavam o cansaço. Chegando ao tal lugar, achei bacana - não vou dizer o nome porque não estou ganhando pra isso- dancei comportadamente, sem movimentos bruscos, bebi socialmente...e lá pelas tantas chegou uma porção de pessoas vindas do Corso, dentre elas, uma me chamou a atenção de uma forma especial, um ser com uma luz que nenhum outro tinha naquele lugar. Ele passou por mim e nossos olhares se cruzaram por um ínfimo espaço de tempo.
Estava distraída olhando para o palco, balançando o copo e o corpo, quando uma pessoa se aproxima de mim: era ele. Cumprimentou-me e disse-me que já me conhecia da caminhada. Fiquei surpresa, afinal nunca vi aquela pessoa naquele pequeno percurso, mas achei legal ele me reconhecer. Conversamos bastante, dançamos e até ensaiamos um beijinho tímido. Depois disso,sumiu junto com a multidão empolgada com as marchinhas de carnaval, que a banda começara a tocar. Logo eu e minha amiga fomos embora, mas ainda pude ver seu olhar a me procurar no mesmo lugar onde me deixara. 
Uma coisa já sei: amor de carnaval vira cinzas na quarta feira...tô avisada!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Últimos acontecimentos...

Há dias não escrevo e já estou com aquela abstinência de escritora tupiniquim: sentindo-me culpada por não documentar minha vida, porque eu vou esquecer dos fatos com o passar dos dias.Mas, infelizmente, a inspiração não pode ser vendida a granel, na quitanda da esquina, senão eu já teria comprado um quilo. Claro que coisas um pouco menos relevantes têm adocicado minha vida, como diria o gênio Beto Barbosa, mas eu não tenho vontade de falar sobre elas...então vou deixando passar, mas um leitor amigo - sim, alguém ler essa joça - me cobrou dizendo que nunca mais produzi nada, que isso aqui estava jogado às moscas, então, encontrei motivação nessa dura advertência.
Bem, só nessa semana fui usada por um amigo pra fazer ciúmes à ex-namorada que me odeia, minha cabele...a mulher que cuida do meu cabelo, disse que meu cabelo está fora de combate até o fim do ano, fui fazer caminhada e peguei a maior chuva que um ser humano poderia ter pego em uma existência, dei carona pra um desconhecido, que também estava na caminhada, na 50 cc da minha mãe e a moto foi de cócoras até chegar no destino; aluguei um filme chamado k-19 pra ministrar uma aula e chorei assistindo; descobri uma 'Caloi', que eu pensava que era 'Barra Circular' e na verdade era 'Ceci' e fui fazer um Test Drive em um carro que me amarro pra saber se ele aguentava o tranco e a vendedora achou que eu era pilota de Fórmula 1...ela quase pediu um autógrafo quando chegamos à concessionária e eu tive que assumir que era.
A semana está quase no fim...hoje já é quinta, quase sexta, e no sábado vou ministrar aula em Campo Maior. Quando chegar, 'mêi-dia-a-tarde', vou pra um tal de arrastão da Banda Bandida, prévia do Carnaval, vamos ver o que vai dar nessa confusão. Confesso que já estou preocupada, afinal se a banda é bandida e vou pra um arrastão, não posso esperar muita coisa, né?Espero que, 'pelomeno', eu chegue viva em casa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Decretado

Tava pensando aqui no que  fazer pra mudar minha vida nesse ano de 2012 e cheguei a conclusão que o primeiro passo é perceber que eu já tô bem grandinha pra acreditar que vivo num mundo cor de rosa. Se a ordem é mata-mata, então teremos mata-mata.Aos estudos e saiam da frente que eu vou passar!

Dias de cão

Esses dias estou com uma urucubaca: quase morro de dor no estômago na sexta passada, puseram uma cadeira com uma pessoa em cima sobre o meu dedinho do pé e me queimei no cano quente da moto do meu pai e está uma ferida horrível. Nem vou me perguntar o que tá faltando acontecer, porque é capaz de dar uma tsuname no Piauí e me levar junto! saravá!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A toa

Eu sei que você sabe, que eu sei que você sabe que é difícil de dizer...

A chuva...

            Sempre me perguntei o porquê da chuva ter o estranho poder de nos remeter a momentos que a memória, prontamente, trás à tona através dos sentidos. Cheguei à conclusão que esse intimismo provocado nos força a um recolhimento, dentro de nós mesmos, e assim as lembranças, imortalizadas, são resgatadas com facilidade.
         Estava aqui ouvindo o barulho da chuva tocando o teto do meu quarto - um som abafado e distante, diferente dos tempos de outrora, quando podia sentí-la tocando suavemente meu lençol - e lembrei-me, que quando criança a chuva me presenteou com muitos momentos felizes.
       Lembro que, eu e minhas amigas, ficávamos olhando para as nuvens, no céu, na tentativa de descobrir se choveria ou não, para, então, iniciarmos nossas brincadeiras(as nuvens azuis sinalizavam que o dia seria propício para brincar e as cinzas que choveria).
 Quando víamos as nuvens cinzentas ficarem maiores, fazíamos uma dança para não chover, mas embora acreditássemos em nossos superpoderes, quase indígenas, nunca funcionava. Às vezes, um arco-íris surgia e ‘bebia toda aquela água’ e além de nos maravilharmos com suas cores agradecíamos por ele nos deixar brincar, sem precisar se molhar. Porém, quando o arco-íris não aparecia e a vontade de brincar era maior que ficar em casa, ficávamos na rua e banhávamos de chuva. Ah! Como era bom correr na rua com a chuva caindo sobre nós e descobrir que ‘entre um pingo e outro, a chuva não molha’.
        Lembro-me também que ficávamos sorrindo desmedidamente, sem motivos aparente, olhando uma para a outra, apenas observando a água nos transformar em ‘pintos molhados’. Vez por outra a água vinha com tanta intensidade que tínhamos que passar a mão no rosto rapidamente e até ficávamos sem ar ar por uns instantes. Quando já estávamos completamente molhadas, corríamos rua abaixo, e chutávamos as poças d’agua que se formavam com alguma erosão. Nossos pais nos gritavam de dentro de nossas casas, pedindo para que entrássemos imediatamente para não ficarmos resfriadas, mas ficar na rua, era muito divertido e, por isso ,ficávamos 'enrrolando' para entrarmos em casa, mesmo sabendo das consequências que teríamos quando resolvêssemos entrar.
        Depois de tão cansadas de brincar - rua a cima, rua abaixo - ou quando a chuva resolvia cessar, voltávamos, felizes e enssopadas, para nossas casas e, sob o olhar atento de nossas mães, tínhamos que fazer verdadeiro contorcionismo para não molharmos nossas casas, muito limpas e enceradas, e não ‘triscarmos’ nos móveis, lustrados com óleo de peroba, para não danificá-los.
      Depois era a hora do banho, não existe banho mais frio que banho tomado depois de um banho de chuva, (quanta redundância!), mas tínhamos que fazê-lo, não por nós, mas por nossas mães com seus‘olhos-de-lince’, que se mostravam como verdadeiras fiscais da limpeza.
      Depois do banho tomado tinha a ‘hora de passar o álcool’, ‘para matar os micróbios da água da chuva’ e, por fim, nos vestíamos e estávamos prontos para comer algo e ir dormir. Na hora de dormir, muitas vezes, a chuva voltava e nesse momento podíamos sentir outras sensações. Os telhados eram desprotegidos de forros e quando a chuva caia sobre eles, os pingos que não escorriam pelas telhas eram transformados em respingos, que ultrapassavam aquela peça de barro e tocava nossas peles, protegidas pelos lençóis. Às vezes, deixávamos apenas o rosto de fora do lençol para sentimos essa sensação de ter a  face suavemente tocada pelos respingos e assim, em pouco tempo, estávamos dormindo como verdadeiros anjos.
        Pena que não posso sair agora na rua e tomar um gelado banho de chuva. Então, só me resta ficar aqui no meu quarto resgatando essas memórias com cheiro de infância e terra molhada.

Geovana Azevedo