quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um Feliz Natal !!!

Mais Uma vez peço licença a minha amiga Geo para me intrometer em seu blog, mas o motivo é nobre:

Desejo  a todos (e em especial a Geo) um feliz Natal e um grandioso ano novo! 

Meu Desejo de Natal

É natal.
E eu queria ser quem não sou,
Ter o que não tenho,
Conhecer quem não conheço,
Amar quem não amei,
Sonhar como não sonhei,
Presentear quem não presenteei.
Eu queria ser o que não sou,
Não é ser rico, mas sim, respeitado,
Queria ter o que não tenho,
Não é ter dinheiro, mas sim, amigos,
Conhecer quem não conheço,
Não é conhecer pessoas ricas,
Mas, sim, pessoas ricas e honestas,
Amar quem não amei,
Não é amar os orgulhosos,
Mas, sim, quem me ama,
Sonhar como não sonhei,
Não é sonhar com a riqueza,
Mas, sim, com as coisas boas,
Presentear quem não presenteei,
Não é dar presentes caros,
Mas, sim, dar alegria a quem não tem.

Igno Florêncio de Morais

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Revelação I

Sempre tive uma vontade, contida, que alguém me perguntasse qual música eu gostaria de ter vivido ou de viver um dia. Eu, sem dúvida, responderia, sem pestanejar,  que seria " O mundo anda tão complicado", da saudosa banda Legião Urbana. A letra é tão simples e ao mesmo tempo tão doce, a melodia me faz imaginar que aquela história poderia ser minha e acredito nisso por um curto espaço de tempo, necessário para degustar esta bela canção. Ai! como queria que essa história fosse minha, como gostaria de ter uma vida simples ao lado de uma pessoa, também simples, e que esta tal simplicidade fosse o bastante para sermos felizes. Às vezes, me pergunto por que será que tenho essa mania de me apropriar das histórias de outras pessoas e personagens, fazendo de conta que são, na verdade, minhas.E a resposta que sempre encontro, não é diferente: talvez, como já havia falado em um post a algum tempo, tenha a necessidade latente de viver cada uma, ou alguma, dessas histórias, que me encantam, que me fascinam e que extraio com todo cuidado das canções, do abstrato das pinturas e das entrelinhas dos poemas.Quantas vezes quis ser Moema, tantas  outras Capitu, outras ainda Helena, de Tróia ou de Machado de Assis...como quis! talvez no  script da minha vida  falte este capítulo, o tal capítulo das paixões arrebatadoras, que me faça esquecer os contos, pinturas, canções e ficções, para viver uma realidade visceral.Deve ser isso...

"Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez

Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.

Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som

Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço

Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!

Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você

Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor".

_ O mundo anda tão complicado _ L.U

Geovana Azevedo

Poesia

"Como expressar nas palavras,
os gestos que queria fazer,
as coisas que gostaria de ver,
os belos amanhecer e entardecer,
e o sombrio morrer...
faltam-se falas.
Mas ao expressar
o simples fato de escrever, falar,
nada existe para preocupar...
nada pode deturpar,
na essência pelo chorar,
no gesto por beijar,
comover e alavancar
o puro e simples "amar".

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aventura em duas rodas...

Hoje o dia foi tranquilo, não fosse a gripe, teria sido melhor. Organizei meu quarto, ouvi as músicas que gosto, curti preguiça e conversei bastante no msn. A tarde dei um pulo na casa de dois amigos, que a muito não via: Cadu e Carol. Foi uma verdadeira aventura, primeiro fui na casa do Cadu,aqui pertinho de casa, que fazia um churrasco com a esposa e outros amigos íntimos, depois fui na casa da Carol, que fica no Alegria, seu esposo tentou me convencer que sou inteligente e que preciso continuar estudando...rs.Agora vou contar uma coisa: Meu pai do céu, Alegria é em outro planeta!!! Fui na Bros de meu pai, graças a Deus tinha tração nas rodas, senão teria levado mil quedas naquela estrada de carroçal. Acabei de chegar em casa, agradecendo a Deus por ter escapado sã e salva.O que a gente não faz pra ver os amigos. hein?

A reforma

Minha mãe teve três filhos e dentre eles duas mulheres, eu e minha irmã mais velha, a Geany. Nós, apesar da diferença de idade de 3 anos, dividíamos muitas coisas, inclusive um quarto. Lembro que Geany, no auge de seus 15 anos, era fascinada por Belchior e Legião Urbana,eu, odiava ambos e idolatrava Carrossel e Chiquititas (que vergonha assumir isso publicamente).Por conta disso, vivíamos disputando espaço físico e sonoro, no nosso pequeno quartinho, e adivinha quem perdia toda vez? eu, claro, a caçulinha!
Minha irmã sempre foi muito linda e despertava olhares por onde passava, naturalmente teve alguns namorados e quando menos esperava casou-se no auge dos seus 16 anos. Nossa, lembro que esta foi a época mais confusa da minha vida. Eu tinha 13 anos e era totalmente dependente de minha irmã e ela simplesmente iria se casar e me deixar sozinha.Surtei! o nosso  quarto, que era pequeno pra nós duas, ficou enorme com a falta que minha irmã me fez. Todos os móveis passaram a ser só meus e o vão que cada um tinha, resultante do espaço que suas coisas deixaram,fazia-me sentir ainda mais a falta de minha irmã.Difícil!
 -Ela não tinha o direito de me deixar nesse quarto sozinha!( pensava).
Os anos se passaram e a saudade foi diminuindo, pois ela foi morar bem próxima a nós e sempre estava lá em casa. Nosso quarto já não era grande, pois tratei de levar tudo que tinha espalhado por vários cômodos, para dentro dele. Ficava enterrada no meio de livros e móveis sem graça, mas adorava aquela sensação de estar sufocada por cultura. Apesar dessas mudanças, nosso eterno quarto continuava o mesmo, com os mesmos móveis e a mesma cor de parede. Mais tarde papai fez uma grande reforma na casa e apenas os móveis foram mantidos como a lembrança da nossa cumplicidade juvenil. Agora, depois de 5 anos da última reforma, fiz uma nova reforma no "nosso quarto" e o  deixei como eu sempre quis e meus pais nunca deixariam( acho que eles tinham medo que eu deixasse o quarto todo preto,por gostar de rock). Minha irmã gostou e até deu palpites. Mandei confeccionar móveis, pintei as paredes da cor que queria, sem me importar se era demodê ou não, e no final das contas acho que está tudo harmônico como uma boa orquestra sinfônica ou quem sabe, uma boa banda rock'n roll!hehe.


Geovana Azevedo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Relatório do dia

Dia normal..fui ao centro pela manhã com minha mãe e irmão e compramos coisinhas para casa.Ainda no centro, senti-me mal, por conta de uma crise alérgica e fui à Casamater...lá, fiz um hemograma, mas não esperei o resultado, e peguei a requisição de um medicamento pra ficar boa do dodói. Ainda tive que exercitar, no hospital, meus super poderes de justiceira e por no devido lugar duas recepcionistas que riam exacerbadamente de um pobre senhor que entrou no consultório errado, por não saber ler, creio eu. Depois disso, viemos para casa, comprei meu remedinho, tomei, almocei, conversei um bocado com Ricardo, meu novo amigo virtual, e dormi o sono dos justos, em decorrência do antialérgico que tomei. A tarde fui a minha cabeleirera maluquinha que se recusou a me atender, porque me achou com muita cara de dodói...ai ai ai...a vida é bela mesmo!rs

domingo, 13 de novembro de 2011

Dolorida...

Depois de uma bela faxina aqui em casa, com minha mãe e minha cunhada. Quero ver como vou levantar amanhã, porque a coluna está em frangalhos e não tem Dorflex no mundo que faça passar . Mas, nem por isso o dia foi ruim, afinal, ajudei minha mãe e engoli borboletas vivas...rs

Embasbacada...

Até meio pateta, assim estou, depois do dia de hoje! poderia, em forma de palavras, tentar expressar esta sensação, que a muito não me aturdia, talvez recorresse aos grandes compositores da música brasileira - certamente alguém teria uma canção, talvez até feita sob medida, como uma encomenda, para expressar este sentimento - mas seria muito prático dar um "ctrl c + ctrl v" em uma delas, certamente, faltaria algo para ser dito, algo que os poetas não  falaram, porque simplesmente não sentiram.
Como o sentimento é algo particular e intransferível, não lancarei mão dos nossos poetas, arricar-me-ei a dizer com as minhas humildes palavras, o que tem me ‘tirado do chão’ e me feito sentir a velha e tão conhecida sensação“ de ter borboletas voando no estômago”, como uma adolescente, nesse domingo maravilhoso.O fato é que depois de ter conhecido um tipo especial de pessoa, que a muito não circundava meu convívio, tirei a seguinte conclusão: Veríssimo, combatido em um post chamado’ O que os homens teresinenses querem, hein? ‘, tem razão. É verdade, quando diz que podemos encontrar “a pessoa” num lugar inusitado, em uma hora imprópria e quando menos  esperamos. É verdade, também, que mesmo não sendo mais uma adolescente, podemos nos sentir como tal, quando um sentimento novo nos invade a mente e o coração nos deixando embasbacada, querendo entender algo que foge da razão, portanto, inteligível.
Ai, ai...vai começar tudo de novo!
Geovana Azevedo

terça-feira, 8 de novembro de 2011

São só incensos!

Foi isso que eu disse a uma aluna, quando fui surpreendida saindo de uma loja chamada "Casa de Iemanjá", ontem a tarde. A danada insinuou que eu faria um despacho, matando-me de vergonha no "mêi-do-povo" em pleno meio dia. E eu toda inocente querendo acender uns réles incensos no meu quartinho, pra harmonizar meu lar... Olha, ainda bem que sou da linha branca, viu? senão, senão...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dia do Servidor

Essa é a primeira vez que comemoro, de fato, o dia do servidor. É que no órgao que trabalho trocamos os dias do feriado para o dia 14/11, véspera de outro feriado, o da Proclamação da República. (P.S: Achamos nada, o MPOG determinou através de uma Portaria e nós cumprimos).
De qualquer forma, hoje é meu dia e como boa servidora que sou, vou comemorar da melhor forma: e no melhor estilo: TRABALHANDO!ora, ora, ora!

Um pesinho de papel e uma caneta da Monalisa

Foi o que a minha chefe trouxe pra mim, quando chegou da Europa! Nunca pensei que um pesinho de papel, da Aphodite, e uma caneta da Monalisa, comprados no Museu do Louvre, fossem provocar em mim uma vontade, antes adormecida, de conhecer a Europa, o berço da civilização moderna. Claro que não preciso destacar que adorei os presentinhos, pois quando se compra presentes é um sinal que lembramos das pessoas.Acho que os souvenirs tem esse poder de despertar o desejo latente de conhecer o país de sua origem, ou quem sabe, de nos aproximarmos destes quando o tocamos.Deve ser isso...

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro

Tinha apenas 16 anos, e pouca ou quase nenhuma consciência política, quando, segundo os jornalistas, aconteceu o 'maior atentado terrorista da história da humanidade': o atentado às torres gêmeas nos Estados Unidos. Claro, que na minha opinião, o maior atentado não fora esse, talvez tenha sido o mais imprevisível, já que não há como compará-lo às atrocidades vividas pelos judeus no século passado.
É Incrível como aquelas cenas dos aviões colidindo nas torres gêmeas em Wall Street são recentes em minha memória, e nem precisava que os noticiários as mostrassem para surgirem como um flashback indesejável. É estranho fazer parte disso, estar "viva" no mesmo momento em que tudo isso aconteceu,ver aquele concreto todo desabando e milhares de pessoas perdendo suas vidas em minutos, segundos até. A sensação  de ver tudo isso através da tv é de impotência, de incapacidade de fazer qualquer coisa para evitar que aquilo acontecesse.Quando vejo aquelas cenas, fico imaginando se daria tempo fazer alguma coisa,como nos desenhos animados, mas tudo se passa em frações de segundos, talvez nem tenha dado tempo de sentir desespero, exceto aquelas pessoas que se atiraram dos últimos andares para não serem consumidas pelo fogo.
É estranho ver tudo isso acontecer logo acima do Equador e saber que é consequência da ganância do homem, ou melhor, de seus representantes legais. Causa um grande desconforto saber que as pessoas que foram escolhidas para representar legalmente esses países, não consideram a vida como o maior bem a ser preservado, pois colocam-na em risco quando tomam decisões políticas descabidas, como invadir um território e querer se apropriar de uma riqueza que não lhe pertence.
Os livros de história já contém esse recorte, junto com tantos outros que devem ser relembrados e compreendidos, como forma de evitar que se repitam. Meus filhos estudarão, daqui a alguns anos, sobre essa tragédia e eu darei detalhes que os livros didáticos omitirão, com os olhos marejando e o coração apertado...
Um pouco mais de uma década já se passou depois do acontecido, adquiri uma certa consciência política e a leitura de alguns clássicos, profeticamente, fizeram-me compreender algumas coisas, que a 11 anos não fazia o menor sentido. Nesse dia de hoje, que completa o "aniversário de morte" daqueles que acreditaram numa política justa, chego a conclusão que o Estado não existe para representar os nossos interesses individuais e coletivos, mas para se afirmar perante o mundo como uma potência econômica e financeira, para evidenciar seu potencial frente aos demais Estados, poderíamos então voltar ao primitivismo e nem sentiríamos tanto...
 Que Deus tenha piedade de nós!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Minhas memórias tristes


            Gosto de criar, no imaginário, todos os personagens e suas respectivas falas e entonações de voz. Divirto-me pintando, com uma perspicácia 'Da Vinciana', as feições e traços de cada um, em particular. Dou vida às histórias que leio, com o imprescindível auxílio das descrições dos meus autores prediletos. A leitura me faz perceber que posso ser mais que uma simples mortal inserida em um mundo efêmero e ao mesmo tempo dinâmico. Adquiro poderes extraordinários que permitem teletransportar-me para lugares até então inabitábeis e desconhecidos e a vivenciar situações  excitantes e inusitadas, para uma réles mortal. Parafraseando Bukowski, digo: as leituras que faço e  elucubrações resultantes, me salvam da mais completa loucura. Sim, a leitura é uma forma confortável de me sentir menos só, por isso as faço com uma paixão avassaladora.

             Sou uma sujeita anacrônica e entendo isso como sendo: sei que vivo em uma era High-Tech e que tenho que viver de acordo com o homem do meu tempo, mas desprezo tudo isso quando escrevo a mão e depois digito. Sou cafona (e daí?), estou aquém do tempo, ou simplesmente fiquei no passado, ouço e leio coisas antiquadas, e não me envergonho disso. Porém, confesso com os dedos indicadores entrelaçados, como de uma jovem donzela que declara seu amor a alguém, que a leitura dos grandes clássicos da literatura universal me dilatam as pupilas de entusiamo, mais que qualquer página colorida de uma rede mundial. Afinal, nada mais prazeroso que contemplar as dores e os amores que não são meus, mas que muitas vezes os são, pois, quando me convém, tomo-os para mim. 

            Sempre nutri um amor pela literatura, mas por longo tempo tive que me ater a livros técnicos, na verdade, verdadeiros manuais profissionais, que não por isso são menos essenciais. Agora, posso voltar a ter o prazer da leitura descompromissada, a não ser comigo mesma, embora não deixe a literatura técnico de lado. O prazer de escolher algo que me instigue, que me desafie a compreensão, por mais  atemporal que possa ser ou parecer, significa muito para mim.

            Os romances têm esse fascínio de me desafiar, de me chamar para a leitura. Talvez por isso eu tenha uma verdadeira inclinação por eles, o que pode ser justificado pela ânsia de um dia poder vivê-los. Os livros de ficção já não me atraem com a mesma voracidade, pois me priva do ímpeto criativo de elaborar os personagens ao meu bel prazer, como fazem os romancistas, dando brechas para que os leitores divaguem.'Leituras de meninos' também me atraem muito, afinal, a literatura marginal, como é conhecida a corrente “não literária”, ou não aceita pela Literatura por conta da linguagem mais descuidada, é repleta de experiências e falas relegadas aos bastidores da vida. É a 'história negada', tão interessante quanto a assumida: o ser humano é totalmente despido de seus pudores e não tapa, em nenhum momento, as suas vergonhas. Isso, para muitos, soa agressivo, para mim, nem tanto.

            Certa vez, estava num ônibus, voltando para casa e, para suportar o longo trajeto, lia Misto Quente de Charles Bukowiski.Um homem qualquer, sentou-se ao meu lado e desde então percebi seu esforço para ver o que eu lia. Cheguei a me divertir com suas tentativas vãs de decifrar o que tanto me atraia a atenção- pura curiosidade, que nem de longe é uma característica exclusivamente feminina.Quando, por fim, permiti que visse a capa, olhou-me assustado como se houvesse  descoberto uma foragida da justiça. Vi em seus olhos negros a censura explícita numa tarja, que piscava intermitente e ofuscante com os dizeres: meninas não leem isso!Como se não bastasse seu olhar reprovador, não se conteve e perguntou - Você ler isso? Lembro que desprezei o ser  que me julgava por ler o que queria e continuei a leitura de onde parei, no momento que ele me interrompeu. Ele bem que mereceu uma bela frase bukowiskiana do tipo: Não é que eu não goste das pessoas, mas prefiro que elas fiquem longe de mim!Dá licença, completaria!Mas o silêncio foi minha melhor resposta.

            O que quero contar mesmo, nesta outra crônica tupiniquim, como é dolorido me despedir dos personagens dos livros que colori na minha mente, com muito amor e lápis-de-cor das mais belas cores e combinações que existem. Hoje, em especial, quero falar dos personagens das “ Memórias de minhas putas tristes”, do escritor colombiano Gabriel García Marquez, livro que li por completo em um dia, tamanho meu entusiamo e envolvimento com a história. Depois da leitura é comum sentir um vazio na alma e as lágrimas teimam em cair pelo rosto como numa despedida fúnebre, dessa vez não foi diferente. O amor aos personagens, ao qual somos surpreendidos no desenrolar da história, pode até mesmo ser questionável pelos leitores menos seduzíveis, afinal, se apaixonar e chorar “ a morte” de personagens que se conheceu, de fato, em um dia, pode soar como inverdade. Mas, como pode ser inverdade a saudade que aperta o peito e me faz querer saber o que vai ser do destino de Rosa Cabarcas, de Damiana, de Ximena Ortiz, do meu 'Professor Desolado Outeiro' e seu grande amor pela menina, que atendia pelo pseudônimo de Delgadina, sem meu atento olhar? Realmente, não sei.

             Quero, apenas, e mais uma vez, lamentar que as histórias incríveis sejam finitas, embora o autor, sabiamente, dê um vão que permite complementação pelo criativo leitor. O término da leitura dessa obra, troxe, além da sensação de ter perdido um membro do corpo, a compreensão de que a vida e o amor devem ser valorizados sempre e em qualquer circunstância, inclusive no auge dos 90 anos de idade e tendo como ser idealizado uma jovem ao qual se fique embasbacado de amor pela primeira vez na vida.Outras conclusões foram feitas, mas prefiro guardá-la para mim.

            Então, o que me resta é contrariar o conselho dos mais sábios e enganados literários, que nos dizem 'que as coisas sejam infinitas enquanto durem'. As lembranças dos meus personagens, aos quais me aproprio possessivamente e que me apaixono e desapaixono no virar de uma página, não são efêmeras. Lembro de cada um deles em determinadas situações da minha vida e, às vezes, sinto uma vontade louca de citá-los numa roda de conversa de amigos. Muitas vezes faço isso, como se me referisse a um amigo de longas datas, o que me faz sentir próxima de cada um, mais uma vez. Minha sorte é que eles estão ali, presos no livros, imortalizados com seus nomes e prêmios conferidos aos autores que os criaram em tão perfeita harmonia.Só assim, quando a saudade me encher o peito, posso deitar em minha rede, onde o sol não bate, e folhear as páginas na ânsia de ressucitá-los em  minhas memórias tristes.

Geovana Azevedo

domingo, 21 de agosto de 2011

Rildoooo

Reupe-me!

Não consigo fazer comentários dos comentários dos visistantes e vivo permanentemente logada, mesmo clicando em sair. É algo sobrenatural, isso?
P.S: Rildo é o idealizador do Placa e o responsável por me socorrer nas horas mais difíceis, como a Paxx União.

Vai agosto!

Escrevi pouco neste mês, sei lá, talvez coisas legais não tenham acontecido para merecer um destaque especial no meu Placa. Só sei de uma coisa, quero que passe logo esse mês de agosto, que sou mulher mística e tenho medo de urucubaca de mês agorento.Saravá!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O teresinense é antes de tudo...

Uma criança sapeca.Nasci numa bela tarde de julho, no Hospital do BEC. Às vezes, acho que isso me deixa menos teresinense que muitos teresinenses. Afinal, não nascer na Evangelina Rosa, é para muitos teresinenses, um motivo de espasmo. Fico até com uma invejinha de quem nasceu lá, mas me contento em ser federal. Tudo bem, mesmo ‘desatinando o coro dos contentes’, cresci nessa cidade como uma boa teresinense: brinquei na rua até o anoitecer, roubei  frutas no quintal do vizinho e as saboreei com sal e pimenta-do-reino, moída no pilão, aprendi  a andar de bicicleta e soltar as mãos do 'guidão' e tenho cicatrizes que as clínicas de estética das compras coletivas são incapazes de tirá-las com um único voucher. Além de tudo isso, aprendi cedo a descascar laranja ‘ferindo’, com uma faca, quando estava com preguiça, e deixando a casca inteira, quando com coragem, a levantar os pés quando minha mãe varria a casa, pra assegurar que um dia me casaria, a me calçar e cobrir os espelhos da casa com uma toalha ou lençol,  quando chovia e relampejava, a comer  pão com simba na hora do lanche e a brincar de ‘bem-me-quer ‘e ‘mal-me-quer’, despetalando uma rosa do jardim, para saber se seria correspondida no amor.
Logo cresci e percebi que “o teresinense é antes de tudo um FORTE”. Afinal, suportar as intempéries climáticas e às anedotas a que somos submetidos, constantemente, não é pra qualquer terráqueo, tem que ser "caba da peste" e ter um bom reservatório de paciência e resignação. Suportamos com muita determinação e muito protetor solar, de vários fatores, o nosso sol equatoriano, por isso temos olhos escuros, “negros como as asas da graúna” e pele bronzeada ou queimada do sol. Sofremos com os meses que antecedem o fim do ano, apelidados docemente de ‘Br-ó-bró’ ou período de calor insuportável. Aos visitantes, aconselhamos que não apareçam por aqui neste período, a não ser que queiram ter a leve sensação de estarem visitando o próprio inferno de Dante. Nós, curiosamente, suportamos o insuportável e ainda enchemos a boca para dizer, vejam só: prefiro o calor ao frio!
Nós teresinenses somos , antes de tudo, um povo forte...Somos sim, pois somos alvo de chacotas, pela nossa distância da ‘civilização’, pelo nosso destaque intelectual-nacional frente a tantas adversidades (como pode?), por sermos esquecidos em um mapa geográfico, e, pasmem, alguns artistas que passearam por aqui já até nos associaram  a um réles aparelho excretor.Pensando bem, ser um aparelho excretor não é de tanto ruim, pois assim adubamos a vida de muita gente, fazendo-as crescer de maneira forte e inquebrantável, como os nossos profissionais, que exportamos pelo mundo a fora.

Refletindo sobre o que foi e o que se tornou Minha Teresina, percebo que avançamos muito estruturalmente: a cidade está mais linda, mais verde, cheia de paisagens novas para estampar os nossos cartões-postais. Temos problemas governamentais e estruturais, de uma forma geral, como qualquer Estado da Federação, temos crimes acontecendo diariamente e estampando os documentários locais, como qualquer Estado da Federação, mas, apesar de não podermos mais nos sentar na porta de casa, na calçada, na velha cadeira de espaguete, no final da tarde, aqui continua sendo o melhor lugar pra se viver, na minha humilde opinião, pois aqui temos o melhor e mais acolhedor povo do mundo. Povo do tipo que cede o próprio quarto para as visitas e vai dormir no pior lugar da casa, só pra agradar.

Minha doce Teresina, tão doce quanto a nossa melhor cajuína, tenho certeza que por onde quer que eu vá, o que quer que eu faça, jamais esquecerei de ti que  me deixa toda boba e meio como louca de encantamento, como diz a canção. E é por isso que digo, quando escuto algum pouco informado, denegrindo a minha cidade maravilhosa(essa sim merecia esse título): Minha Teresina? não troco jamais!

Geovana Azevedo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Simba-com-pão

Agora bateu uma vontade de comer pão-massa-fina com Simba, que não tem explicação.

Indembora

Tô com dor na nuca e no hemisfério direito da 'caxola'.Tomei muito café hoje a tarde e meu estômago diz que vai doer daqui a pouco. Preciso estudar a noite inteira, mas lembrei que o Rex, o cão, comeu meus óculos e a luz do meu quarto é fraca. O importante mesmo é que o expediente chegou ao fim e agora vou embora pra minha residência.

Revelação- parte I

Vez enquando tenho a sensação de que eu não sou eu. É mais ou menos como se eu me projetasse para fora de mim, me olhasse e não me reconhecesse. Passa-se algum tempo e começo a me olhar, me estranhar, mas logo começo a me reconhecer, como se fosse 'recobrando as faculdades mentais' e até fico feliz por ter "me reconhecido".Isso tudo se passa em fração de segundos. Na verdade, isso nunca me preocupou, nunca tive crises de identidade, amnésias, nem nada do tipo, muito menos prejudiquei alguém com esses meus esquecimentos de 'mim mesma'. Talvez por conta disso nunca alertei minha mãe e nem procurei tratamento com um especialista. A propósito, tenho minhas teorias de botequim e uma delas diz que essa confusão é algo metafísico: meu espírito habita um corpo que ele não queria e/ou vice-versa, daí o estranhamento.

P.S:. E eu nem uso drogas...

domingo, 24 de julho de 2011

Ler faz bem!

Um dos meus novos livros está aqui em cima da minha mesa, me olhando, me convidando para entendê-lo e acho que não vou resistir. Apesar da dor de cabeça proveniente da noite mal dormida, vou ceder aos encantos desta capa amarela com vermelha e depois compartilho o que aprendi.


Sem coragem

Tô tão sem coragem pra nada... não tenho vontade de sair, de paquerar, de conversar, de rir...só de pensar nisso tudo me dá uma canseira.Soube que uma grande amiga está em Teresina e que ela e nossos amigos em comum vão almoçar no Shopping hoje, mas nem isso me anima. Uma outra amiga, enfermeira, me alertou que posso estar com verme, mas descartei essa possibilidade. Acho que estou com dengo, só pode, mas vou melhorar...talvez se eu gritasse, melhorasse, mas tô sem coragem pra isso , sabe?

Muriçocas

Significado de Muriçoca

s.f. Inseto díptero hematófago, também chamado carapanã-pinima.

Consigo definir melhor: inseto do 'mei-dos-infernos', que lhe morde a noite inteira, leva seu sangue, tira seu sono e lhe deixa moribunda e sem coragem pra nada, muito menos estudar, no outro dia.

Eu vou sobreviver!

sábado, 23 de julho de 2011

27 Club

Vem cá, tem alguma coisa errada em se fazer 27 anos e eu não sei? O fato é que é de conhecimento de todos, que curtem o bom e velho Rock'n Roll , que esse número virou mito, afinal é nesta tenra idade que cantores talentosos como Kurt Kobain, Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, partiram desse pra outra bem melhor, ou pior, afinal os caras de suicidaram, né? Hoje saiu em todos os noticiários do mundo que Amy Winehouse morreu e o detalhe é que ela também tinha 27 anos, o que a fez entrar para o 27 Club.
Pera aí, pera aí, pera aí: devo manter a calma ou já posso encomendar os santinhos?

Saravá!Axé!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tá?

Eu sou um ser estranho, confesso. Gosto de gente? gosto! mas nesses dias que estou " mais solitário que o canastrão na hora que cai o pano", prefiro elas bem longe de mim. Paradoxal? pode ser, não me importo. Sei que eu só quero meu quarto, meus quatro livros novos, Deus, minha mãe e o silêncio. Tudo o que eu preciso.

Confissões de uma pós-adolescente

Vontade de blogar até sair sangue dos dedos, mas estou sem novidades e sem coragem.Meu trabalho está parado, sem movimento intenso por conta do período de férias, não fui o Centro Espírita, porque hoje era uma palestra sobre Drogas-que eu acho uma droga- tô sem esmaltes nas unhas, meu desodorante acabou, as moriçocas estão mordendo a planta do meu pé e meus cachorros estão latindo sem motivo aparente. É meu amigo...a vida é doce, mas viver tá de amargar!

























































































Sem saco

Não sei se sou muito observadora, se tenho algum tipo de atrativo para loucos e pessoas sem noção ou se coisas estranhas acontecem a todo momento com todo mundo, mas só eu comento a respeito. O fato é que o mundo é estranho e eu tô de saco cheio dele!

Felicidade...

Só nesse mês comprei quatro livros que queria muito!Sei que é um exagero, mas eu me realizo mais comprando livros do que qualquer outra coisa. É um negócio muito louco do tipo " o valor dessa sandália daria pra comprar dois livros", é isso. Hoje, comprei um, sai do trabalho e fui ao shopping única e exclusivamente com este propósito, só depois lembrei que amanhã é o aniversário de minha irmã e que também precisava comprar algo pra ela. Saí da loja feliz e satisfeita, tal qual uma patricinha que acaba de comprar aquela roupa de grife.No caminho de volta, tirei-o da sacola, olhei, sinti o cheiro de novo, tentei ler alguma coisa, abracei-o e guardei novamente na sacola. Sim, eu sei que isso não é normal, mas é um ritual inconsciente, faço que nem vejo.Quando chego em casa a emoção é maior, já que minha família faz de conta que entende esse meu amor pelos meus filhos livros: aproximo do rosto, beijo a capa, cheiro as laterais, folheio, apresento pra mamãe que olha com cara preocupada pra mim e depois levo pro quarto pra apresentar pros demais companheiros de prateleira.
Ai ai...livro faz bem!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Rildo, me acode!

Acho que desconfigurei algo no blog, sei que não posso fazer alterações das publicações feitas e meus amigos-seguidores reclamam que não podem postar nada, nenhum comentário. Me ajuda, Rildo?

#Tédio

Tô aqui no trabalho sem fazer nada, depois de um dia intenso de correria...meu chefe tá ali na sala dele de porta aberta, todo sentadinho e escutando Carmen Miranda, eu mereço!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Um encontro inusitado com o amigo Athos Denis Eulálio


Se tem coisa pior que ir de salto alto, a pé resolver um problema e não resolvê-lo, eu não sei, mas que tem coisa melhor que isso, isso eu sei que tem. Uma dessas que compensam qualquer caminhada ou corrido de São Silvestre, mesmo de salto, é encontrar amigos queridos no meio do caminho.Sim,' no meio do caminho tinha um amigo, tinha um amigo no meio do caminho' e o nome dele é Athos Denis Eulálio! Curioso, nunca havia escrevido nada a respeito desse cara ao qual nutro profunda admiração e respeito, e pra melhorar ainda mais as coisas tem uma esposa sensacional, que se tornou minha amiga também. Bem, cá estou pra falar um pouco desse amigo e do nosso encontro inusitado em plenas 17:30 h de hoje, no centro da Cidade Verde.


Eu o vi assim que sai do local, onde não resolvi nada, e o gritei. Ele ouviu e ficou surpreso por me encontrar ali e conversamos um pouco, mas ele estava apressado para mandar fazer umas cópias de umas chaves, porque pela trocentésima vez ele havia esquecido minha amiga Tatyana trancada em casa.Bom, antes tarde que nunca, né Taty? sei que eu estava indo ao dentista,ajeitar meu aparelho fixo( que não é chapa), porque descolou dos dentes, terminei nem indo por conta do horário avançado.O papo tava bom, a gente tava falando da vida 'alêa' e então eu resolvi fuxicar mais até 'o carinha que mora logo alí' que faz chaves. Chegando ao local, que fica em frente a Praça PII, Athos mandou confeccionar três chaves, isso é que é medo de deixar a Taty trancada de novo, e esperamos ali mesmo. Em pouco tempo estavam prontas e a fome gritou em seguida. Sugeri que fôssemos ao Chinês mais próximo,sim aquele que pergunta se você quer refresco de " cazuuu ou malacuzáaaa" e ele queria ir pro Bom Bocado, que fica ali perto também...o jeito foi disputar no Pedra-Papel-Tesoura pra onde íamos e ele ganhou, droga. Depois de matar quem estava nos matando ele me contou como pediu Taty em namoro e eu achei interessante a ideia do currículo que ele envio a ela, acho que vou adotá-la em breve, e eu contei pra ele uma parte da minha saga sentimental que ele ainda desconhecia, quando fui enganada por um Porteiro. Sim, fui enganada por um palhaço porteiro a alguns anos e Athos zuando da minha cara disse: - Geo, é igual aquela música: 'Sou porteiiiiroooo, quer namorar comigoooo?'-Athos, disse eu rindo, é " Sou solteiiiiroooo, quer namorar comigoooo".Olha que não é fácil manter um diálogo sério com esses meus amigos, viu?Demorou pouco, pagamos a conta e perguntei se ele ia pra Frei Serafim suber 'a ladeira do curuzuuuu', porque da PII pra lá, de salto, é meio trash o esforço físico. Athos, sem entender o que seria essa tal ladeira pergunta: -O que é isso? Eu: - Música, é Axé?Athos: - Música da Chér? Eu, já dando agonia de rir: - Athos, é Axé, axé, num tem?Athos:- Ah, porque eu gosto da Chér e não conheço essa música. Rapaz, é demais!


Já na parada de ônibus eu não estava enxergando bem os nomes nos letreiros e pedi pra ele ver qual era o que estava vindo. -Athos, tu tá enxergando aquele nome ali?Ele olha e diz: - Claro...é São Luís!Verdade, Athos, eu estou no Maranhão e o nome do ônibus é via São Luís mesmo...tá certo. P.S: o nome do ônibus era Praça João Luís .Pois é, depois peguei meu ônibus e vim de lá pra cá sorrindo desse meu amigo que além do excelente prossifional que é do mundo da Info é um humorista nato. Sempre bom encontrar amigos queridos como meu amigo Athos!



Geovana Azevedo

domingo, 10 de julho de 2011

Regressando

Tá com um tempo que não escrevo, não atualizo minha nada mole vida no meu blog, mas é que percebi que não é todo dia que tô com saco pra escrever, tem horas que prefiro conversar, outras só ouvir, então não me torturo buscando inspiração pra escrever quando sei que ela não vai brotar do nada. Bem, nesse intervalo de tempo alguns coisas aconteceram, dentre elas, a irmã do Tom se juntou a ele, tadinha não resistiu também, eu fiz 27 anos e fiz uma 'festinha' em casa e estou enxaquecosa a 3 dias, isso segundo o google, pois lancei lá meus sintomas e ele me deu esse diagnóstico.
Quando a dor for menos estridente, volto a escrever e conto os detalhes de tudo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A irmã do Tom

A irmã do Tom, o gato, apareceu machucada,com os mesmos ferimentos do seu irmãozinho.Estamos desconfiando que o vigilante da noite está cometendo essas maus tratos., mas vamos descobrir. Eu e outro servidor estamos cuidando dela, com um medicamentos receitados por um veterinário, gente boa, conhecido meu. Amanhã a levaremos ao Hospital Veterinário para verificar se houve alguma fratura na coluna e faremos os procedimentos necessários para vê-la bem. Estou com fé que ela terá uma sorte melhor que a do seu irmão.

Vida louca, vida.

Minha vida é uma anedota, sei...mas poderia ser uma tragicomédia e ser bem pior, então tá tudo certo.

Um fato

Tô doente e não quero papo com nada, nem com meu blog!Pronto, falei.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sem Tom...

Tô triste...tristinha...mais sem graça que a top model magrela na passarela...a dois dias, resolvendo coisas de um setor para outro no meu trabalho, passei pelo corredor e vi uma coisa linda, miando, pedindo socorro...ele arrastava o corpo pelo chão com a ajuda das patinhas dianteiras e as pessoas que viam faziam cara de nojo e pulavam por cima, como se fosse uma fogueira. Fiquei atarentada, quem me conhece sabe do meu amor pelos bichos e pelos seres humanos, daí esqueci o que ia fazer e peguei o gato. Vi que ele estava muito machucado, tinha o rabo sangrando e depois descobri que por pura crueldade cortaram parte do rabo dele.Sua barriga tava também muito inchada e machucada com um ferimento grande e inflamado, aparentemente foi chutado com muita severidade. Levei ele pra uma área de trás do prédio para analisar com mais calma os ferimentos, vi que apesar de tantos machucados a fome falava mais alto e fui atrás de um leitinho pra ele, ele bebeu tudo e com muita pressa como se eu fosse privá-lo daquilo. Logo o batizei de Tom, lembrando do Tom&Jerry, pois tinha a mesma cor do gato do desenho e me dispus a cuidar dele. O coloquei, com a ajuda das senhoras da limpeza, numa caixa bem grande de papelão, forramos com papéis toalhas e o deixamos lá...vez por outra saia da minha sala e ia dar água pra ele. No outro dia trouxe alguns remédios pra passar e pra dar pra ele tomar e senti que ele deu uma melhorada, ficamos felizes e achávamos que ele ia ficar bem. Ainda ontem liquei pra marcar uma consulta no hospital veterinário daqui, mas como agora é por agendamento foi marcada pra hoje às 14 h.


Hoje quando cheguei ao trabalho vi que ele não estava nada bem, que não queria/conseguia comer e seus ferimentos, apesar de bem cuidados, cheiravam mal. Dei um banho nele, sequei, passei remédios nos ferimentos, dei outro pra ele tomar, dei leite na marra e o coloquei na caixinha.


Agora a pouco, entraram na minha sala dizendo que ele não resistiu aos ferimentos e morreu, faltando apenas 30 minutos para sua consulta. Agora estou aqui morrendo de chorar e me sentindo culpada por não ter feito mais pelo meu Tom.


domingo, 12 de junho de 2011

Véspera do dia dos enamorados

Hoje é véspera do dia nos namorados. Inda bem que amanhã é domingo e posso me trancar em casa e me privar de ver aquelas cenas ridículas de inúmeras mulheres, mortas de felizes, nas paradas de ônibus, com um buquê enorme, que ganharam de seus 'apaixonados' namorados. Não, não tenho namorado, mas quando tinha lembro que sempre ganhava presentes que as ex-cunhadas escolhiam por eles, e nunca eram rosas. Portanto, para mim esta data nunca foi romântica como deveria ser.
Bem, eu nunca recebi flores de namorados na escola, nem no trabalho, e se recebesse pensaria duas vezes se jogaria fora ou não, afinal ando 'di- a- pés" e pegar ônibus com flores em punho não deve ser nada confortável. Não tenho aversão a flores, acho que elas têm sua beleza e perfume, claro, mas por ter namorado ogros, não desenvolvi a necessidade de ganhá-las, acho.Por enquanto, coaduno do entendimento dos Titãs que dizem que "as flores de plástico não morrem". Adoraria receber um buquê de flores de plástico e mais alguma coisa útil de um namorado, por exemplo.
Tava aqui nas minhas elucubrações, pensando na data de amanhã, e lembrei de uma história que me aconteceu a alguns anos, no dia dos namorados. Eu era bem jovem, deveria ter uns 15 anos e não tinha namorado - comecei minha carreira de decepções aos 18 anos - e estava voltando, de ônibus, do colégio. Nas últimas cadeiras avistei uma vizinha, gente fina, que sempre trocava umas ideias comigo quando nos encontrávamos na rua. Me aproximei para cumprimentá-la e vi que ela estava sem jeito por conta de um buquê enorme que segurava no colo.Ela me contou que recebeu as tais flores no colégio, de um pretendente a namorado, e uma historinha do tipo " minha mãe me mata se me pegar com ele".Por conta disso, estava com medo de chegar em casa com as rosas e estava decidida a dar um fim nas delicadas florzinhas. Qual a saída encontrada por ela?Ela achou prudente me pedir pra levar o buquê pra minha casa e fazer de conta que era meu.

Oi?



Geovana Azevedo

sábado, 11 de junho de 2011

Publica no Placa de Neon, por favor!(1ª história)

Amiga do blog enviou um email que merece uma publicação do tipo: Publica no Placa de Neon, por favor!

Cólega, solteira, conheceu um moçoilo que lhe agradou de bate-pronto numa festa qualquer. Carinha deu logo um jeito de descobrir o telefone da moça e mandou a seguinte mensagem: me liga, quero te ver!Sinais... o cara não tem bônus/créditos pra ligar pra presa, não deve vir coisa boa por aí.
Insatisfeito, marcou um encontro, mas desta vez ligou pra fazer a proposta. No dia "D", a moça caprichou no visual, escolheu sua melhor roupa, maquiou-se com cuidado, fez cabelos, unhas, blábláblá...e chegou 'linda, loira e japonesa' no local marcado, antes dele. Demora um pouco e ele liga:

_ Fulana? Oi, aqui é o fulano, você se importaria se eu fosse ao encontro de bermuda?
_ Oi, fulano! não! não me importo! (ela achou estranho, mas melhor não comentar...)

Sinais...

Demorou um pouco e o cara chega com uma bermuda verde do exército, segundo a amiga, aquelas fininhas que todo homem tem e usa dentro de casa; e uma camiseta regata. Senta e começa a contar sua saga: divorciado a 2 meses, 2 filhos, vigilante e, no momento, desempregado. A cada revelação a amiga respirava fundo, não acreditava no que ouvia...o 'raspaz' continuou dizendo que está sem casa e sem carro porque deu tudo pra ex-esposa e que no momento estava fazendo um curso. Amiga, estudada, logo pensou que se referia a um curso superior, mas logo vem mais uma revelação, a maior, talvez:

_ Tô fazendo um curso de soldador de portão de ferro!

Isso é tudo meretíssimo!

sábado, 4 de junho de 2011

O emprego

Ontem, depois que cheguei do trabalho, estava tão cansada que simplesmente apaguei por volta de 21 h e só acordei hoje, pense! O meu segundo dia lá foi incrível, assumi o comando da minha função e não precisa ninguém me ensinar mais nada. Não é que eu seja inteligente e independente, mas o que eu faço lá, fazia todo santo dia do emprego anterior, só precisava saber onde cada coisa ficava.
Bom...tenho fé que me acostumo com a nova rotina de trabalho e que tenha coragem de estudar a noite, como sempre fazia. Senão, senão... rum um!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ouvindo Trova de Zeca Baleiro...

"Pra onde fores eu vou
Aonde flores eu fujo
Te dou meu poema sujo
que eu não sei fazer toada
Menos que se quer é tudo
Tudo que se tem é nada..."

Inimiga da Hp

Não, não sou pessoa revoltada com uma calculadora científica ou com uma impressora desta marca, mas com um notebook que está no prego a mais de um mês. Quando comprei meu note pensei que estava fazendo um investimento muito bom, porque "HP é HP", moço! ledo engano! meu pc deu pau e não tem assistência técnica no meu estado e só descobri quando precisei dessa informação. Já liguei mais de 5 vezes pro 0800 e ninguém resolve meu problema, agora resolveram que eu tenho que mandar 'a onça' pra 'Sum Paulo'.Sei que não aguento mais essa espera e queria deixar registrado que assim como quem vai comprar um carro, devemos procurar saber quanto custa a manutenção de um computador e se ela existe. Acho que aprendi!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Emprego novo faz bem!

Ontem foi minha posse e fiquei muito feliz com a Ilustre presença dos meus amigos Francês, Paulinha, Pucca, Carol, Giseli e Manuel, além da minha mãezinha que não parava sentada um minuto( já sei pra quem eu puxei a agonia). A cerimônia foi simples e objetiva, como tem que ser,mas confesso que senti falta do coquetel no final. Sem problemas.
Logo mais a noite fui me encontrar com os amigos do meu trabalho anterior pra jogar boliche( David, Rildo, Francês e Pucca), mas não joguei! fiquei com medo de cair naquela pista lisa(não é auspicioso cair no dia da posse e seria minha primeira vez, né?). Lá comemos duas pizzas GG "sem medo de ser feliz" e ensaiei tomar um pouco de 'chopp pra distrairrrrr' daquela torre enorme que Popó(Pucca) pediu, mas foi só um golinho pra brindar a posse...êita, Popó!nã!
Hoje foi meu primeiro dia de efetivo exercício. Fomos - eu e mais 3 - muito bem recebidos pelos antigos servidores e Diretora do Campus e fiquei profundamente motivada a trabalhar naquele lugar de clima organizacional tão aparentemente agradável. Vamos ver as cenas dos próximos capítos na saga " O emprego". Aguardem...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Extra, extra, extra: as redes sociais estão nos dissocializando!


Conversando com amigos, num restaurante, discutíamos a respeito das redes sociais e a nossa relação com elas. Um dos presentes levantou um questionamento interessante, fruto de uma boa reflexão a respeito do tema: será que estas redes sociais não estão, na verdade, nos dissocializando? Ele prosseguiu dizendo que existem tantas redes, que simplesmente o encontro com amigos não é mais tão interessante e cheio de novidades como nos tempos de outrora. Verdade!Fiquei um tanto intrigada com esta colocação e me pus a refletir a respeito, como sempre faço quando algo me chama atenção.
Quando resolvi criar este blog - e pedi ajuda a meu grande amigo Rildo- a pouco mais de três meses, pensei inicialmente em atender aos pedidos de alguns amigos, que insistiam que eu tinha um certo 'talento pra escrever' ou pra comédia( não se sabe) e que eu precisava contar isso pro mundo. Eu não acho nada disso, mas tá valendo. Atendendo a pedidos, criei meu placadeneon,meu recém nascido blog, mas confesso que o que menos pensei foi no 'meu talento', e sim em tornar minha vida mais prática contando, de uma só vez, o que me acontece no dia-a dia, e aproveitando pra criar meus textos prolixos e ilógicos, que tamo gosto.
A ideia parecia perfeita: se eu criasse um blog meus amigos e demais seguidores me fariam visitas virtuais e se atualizariam a meu respeito e eu não precisaria repetir a mesma história várias vezes, no mesmo dia, como fazia a bem pouco tempo atrás. É... realmente há uma praticidade em tudo isso, mas há também muitas perdas, no final: perda do contato visual, das ligações no final do dia ou no fim-de-semana, dos encontros no shopping pra comer bobagens -que-nossas-mães-não-fazem e falar da vida alheia ( bom demais!). Perde-se também aqueles abraços apertados e calorosos, guardados a tanto tempo, e a cara de surpresa de encontrar o outro diferente. Enfim, aquele encontro com a turma dos tempos do colégio, da universidade e do primeiro emprego não tem mais a mesma emoção, pois já sabemos como eles estão pelas redes sociais. Não existe mais 'o fofoqueiro', que passava as informações mais quentes, pra todo mundo, esses não devem estar se adaptando aos novos tempos mesmo. As informações são atualiadas diariamente, às vezes, até em menos tempo que um dia e estão publicadas na rede mundial para quem quiser ver e nós vemos, curiamos, fuçamos e...encontramos tudo!
Funciona mais ou menos assim: pelo msn e twitter sabemos, através de frases curtas ,se nossos amigos estão bem ou não. Pelo orkut e face quando é o aniversário de cada um, como está o novo visual, se está namorando, se casou, se se separou, se têm filhos ou mudou de time.Claro que dar pra saber mais coisas por estas páginas e fazemos questão de darmos o máximo de informações para mostrarmos para todos que ESTAMOS BEM, ou pelo menos melhor que naqueles outros tempos. Mostramos nossas viagens internacionais, nossa aprovação num concurso,(quem diria, hein?) ,que encontramos a tal alma gêmia(ninguém acreditava...óoo!), que compramos aquela hillux ou corola, hein? O que não queremos mostrar, não falamos e tudo fica resolvido: o que não está na rede, não aconteceu e ninguém precisa saber.
As redes sociais não são tão más assim, sabia? elas são também um forte auxílio quando o assunto é paquera e as suas armadilhas. Atualmente, vasculhamos a vida de um ser humano e em segundos descobrimos quem foram seus ancestrais, se tem 'alguém' na área, se tem nome no SPC... enfim, é feito todo um levantamento da 'ficha criminal' do(a) meliante antes que tenha chance de cometer uma palhaçada e repetir o número do desaparecimento(clássico!).
Alguns códigos, inclusive, já foram estabelecidos pelos usuários ao longo do tempo: se o(a) sujeito(a) não tiver página virtual alguma, é um péssimo sinal: quer esconder algo.( quem sabe um casamento, um relacionamento com uma psicopata ou algo do gênero). Se o msn for do tipo solteiro(a)@hotmail.com, não tem jeito: é cilada! Estamos nos tornando verdadeiros "CSI" com estas redes e isso é bom pra quem pleiteia uma vaga numa Polícia Federal ou Abin da vida.(Fica a dica!)

Concluindo: gostaria de salientar que o que tinha a finalidade de nos aproximar, está nos afastando.Tá errado isso, gente! Não quero que meus amigos saibam de mim por uma tela de pc ,apenas. Quero abraços apertados e demorados quando os encontrar, quero ligações ao fim do dia ou da semana, quero que liguem também no meu aniversário e me digam que estão com saudade e que precisam me ver para matá- la. Tudo bem que eu sou uma blogueira, mas se o preço pra ter todo esse chamego de volta é exterminar com as minhas redes sociais...vou pensar seriamente.


Geovana Azevedo

domingo, 29 de maio de 2011

Ah, o borogodó!



Não é necessário ser nordestino pra ter ouvido falar na expressão “borogodó”. Ela surge nos momentos em que as palavras faltam pra descrever uma pessoa e digamos....sua excelente performance nas artes do coração. Mesmo desconhecendo o significado desse neologismo, pensava que era algo bom, pois quando as pessoas o pronunciavam, referindo-se a alguém, faziam uma carinha sapeca e remexiam o corpo num movimento insinuante, como um belo passo de um bom baião. É comum vermos pessoas conversando, no nordeste pelo menos é assim, e uma questiona a outra assim: - Mas o que ele(a) tem de bom, afinal? E a resposta vem em seguida: - Sei lá, tem um borogodó! Depois de tomar conhecimento da expressão, percebi que é um adjetivo que contempla poucas pessoas. Seu significado transcende o palpável, o simplesmente belo, enfim, o estereótipo determinado pela nossa sociedade pret-à-porter que nos diz que o bom é o belo.

Buscando a sua etimologia percebemos que ‘ a pessoa que tem o borogodó’ tem, de fato, um diferencial competitivo no mundo de hoje, onde, como disse, busca-se um padrão de beleza massificado pela mídia e que compramos sem muitos questionamentos. Analisando as pessoas que estão ao meu redor e que tem o tal do borogodó, percebemos que elas se aceitam como são( bonito ou feio, magro ou gordo, afro-descendente ou branco) e fazem de suas características, boas ou ruins, o seu diferencial para arrebatar corações.
Uma obs: essa expressão é comumente utilizada para homens, por nós mulheres. Quando achamos que o cara é...digamos assim...O CARA! Dizemos que ele tem um borogodó. É mais ou menos assim: - Fulana, o fulano de tal além de ser x, y e z ainda tem um borogodó, acredita? Tradução: - Fulana, o fulano de tal além de ser x, y e z ainda me trata como eu sempre pensei em ser tratada por um homem, me dar carinhoso, atenção e tem uma sensualidade que foge às minhas explicações. Não troco ele nem por Javier Bardem, nem pelo Antônio Bandeiras muito menos pelo Gerard Butler.Entendeu?
Tá, ta bom...mas, afinal de contas, o que seria borogodó? Recorrendo ao pai dos burros do século XXI, Google, obtemos como resposta o seguinte:
Significado: "atrativo pessoal irrresistível" - é aquilo que não pode ser definido como beleza, charme, sensualidade ou sexualidade...em suma, aquele 'plus' que não tem descrição definida/ ou causa fisiológica/ ou razão de ser, mas que é indiscutivelmente algo que desperta o interesse de todos que estão à volta.
Esse conceito merece uma reflexão e até uma interpretação, afinal, ter o borogodó não implica ser desprovido de beleza, mas ter um “ Q “ a mais, um plus ou bônus que não se consegue definir com palavras, mas que é um ganho considerável.Trocando em miúdos: sente-se algo indescritível por outrem e pronto, e isso independe de beleza, ora!
Analisando mais um pouco, percebemos que ele é, também, um adjetivo democrático, pois por mais dinheiro e beleza que se tenha não é garantia que se adquira. Então é um adjetivo nato, nasce-se com ele?nem sempre...às vezes, a vida nos ensina que 'um pouco de borogodó e canja de galinha', não fazem mal a ninguém. O que eu quero dizer com tudo isso? Ora, que não adianta ser um cara transado, vestindo roupas de marca e da moda, num carro do ano( e isso vale para as meninas, também), se não se tem a humildade de reconhecer que é um ser humano imperfeito e portanto cheio de falhas, que devem ser assumidas e usadas a seu favor. É fácil gastar uma fortuna em clínicas de estética descaracterizando o que a natureza ofertou( claro que sou a favor de cirurgias corretivas), mas dificil, mesmo, é assumir-se com todas as imperfeições( e não falo só as fisiológicas), amar-se e amar ao próximo como gostaria de ser amado. Acho que é assim que o ser provido de borogodó deve ser e se portar. Deve ser por isso, também, que essas pessoas têm uma legião de fãs ávidos por entender seus mistérios, seus segredos e os seus porquês. Mas parece que a receita é simples, não?
Ter ou não ter borogodó, eis a questão!

Dydja