domingo, 12 de maio de 2013

Relatos de BSB


Finalmente, estou de volta a terra santa. Cheguei na sexta passada e passei  o sábado ainda muito cansada, mas hoje, dia das mães, estou de volta a realidade. Como suspeitei, não tive acesso a internet,a não ser que quisesse pagar 8 reais por hora e fiquei morrendo de saudades da minha Teresina, família, amigos e do Placa, que mesmo sem Dydja foi cuidado pelos leitores, como pude constatar. Vamos aos relatos desses dias:

Dia 06 – O  Destemido, que não é macaco mas vive quebrando meus galhos, foi me deixar no aeroporto. Antes disso, a mala de viagem quebrou no trocinho de puxar e ele e meu irmão tiveram que fazer uma cirurgia rápida nela. Estressei-me, claro, e entendi que aquilo era um sinal do além pra eu não ir. Minha mãe, insistiu e eu acabei indo mesmo com medo de morrer na viagem.O Destemido se transformou em piloto de fuga, mas nem isso foi suficiente para chegar a tempo de não perder o vôo. Para embarcar, tive que pagar R$ 150,00 em um vôo que sairia 3 horas depois e o detalhe é que fiquei em uma lista de espera e tive que ficar esperando no aeroporto para poder ter esse direito. O bom é que conheci duas pessoas do mesmo órgão e na mesma situação que eu, de estados diferentes e que se tornaram amigas durante a viagem, uma em especial que chamarei aqui de A PF. Cheguei em BSB  às 18 h e lá um ônibus nos levou para um hotel cinco estrelas, tudo de bom. Dividi o quarto com uma cearense evangélica que trabalha na Paraíba, gente muito boa e que também se tornou minha amiga. O hotel em si era um show a parte e que dispensa comentários.

Dia 07 – Tem início o treinamento no próprio hotel em que as 261 pessoas estavam hospedadas. Lá tive a oportunidade de conhecer gente do Brasil inteiro, algumas com sotaques bonitos e agradáveis, outras nem tanto, mas o importante é que compartilhamos conhecimentos e foi uma experiência muito válida. A noite, eu e A PF nos juntamos a outras pessoas que participavam do mesmo evento e que até então não conhecia, e fomos conhecer a noite candanga.  Escolhemos um samba em homenagem a Noel Rosa em um bar chamado Bar do Calaff (?) e nos divertimos a noite inteira sorrindo e nos conhecendo melhor. Meu Grupo, depois batizado de “ Poxa vida, hem!”, era formado por uma piauiense(eu), duas maranhenses (uma delas A PF), quatro bahianos( A Bebel e a Bahianinha viraram minhas amigas), uma cearense (companheira de quarto e nova amiga) e um mato-grossense. Lá todo mundo de seu bem, se é que alguém me entende, eu mesma fiquei com um carioca que me disse, em segredo, que era segurança da Presidenta Dilma e eu, em segredo, disse a ele que sou a Power Ranger Rosa, ora, se é pra mentir umbra mentir bonito e tudo ficou no mais absoluto sigilo. Ele era estranho, beijava no desespero, tipo arrancando o pedaço, sabe? e eu me arrependi de dar meu número pra ele. Depois quando me ligou, não atendi. Saravá!

Dia 08- Mais treinamento até as 20 h. Saímos direto pro banho e depois para a noite que desta vez foi pra um lugar chamado “Poizé”. Pois é...lá é um lugar legal, totalmente climatizado, com vários ambientes e que tocava sertanejo universitário. A galera adorou! Dançamos muito, derrubamos algumas torres de chopp e todos se deram bem de novo, inclusive surgiu um casal no grupo que não se desgrudou mais até o fim da viagem. Mais uma vez fiquei com um carioca, um verdadeiro Deus de ébano(rs), que me pediu em namoro e depois em casamento e não preciso nem dizer que me assustei com a velocidade dos cariocas. Eu, hem! A noite foi bem agradável lá e a nossa amizade, a do grupo, ficou ainda mais forte.

Dia 09 – Treinamento regado a muita emoção durante o dia inteiro. A tarde demos um pulo no Shopping Pátio Brasil logo ao lado do nosso hotel e compramos presentes e tudo o que precisávamos e não precisávamos. Foi lá também que meu notebook caiu e não mais ligou. A noite fechamos com chave de ouro em um lugar chamado Planeta Country. Lá é um lugar lindo, com pessoas bonitas e animadas e é comum vermos pessoas vestidas como cowboys dançando ao som dos sertanejos. Nem preciso dizer que em um ambiente como esse todo mundo se deu bem de novo, né? Comigo não foi diferente. Desta vez dei um beijinho em um colombiano que fala muito mal português e que estava morando em BSB por conta do seu mestrado na UNB. Passei a noite ensinando  português e a dança sertaneja, ao “bogotense”(?), que só entendeu como é que se dança sertanejo quando eu disse a ele que era igual a salsa sendo menos rápido.

Dia 10 – Dia de corre-corre, de despedidas, de fim de treinamento. O voo foi marcado para 21 h, então passei o dia inteiro próxima às amigas que fiz. Passamos o dia dizendo o quanto foi bom nos encontrarmos e recebi convites para visitar a Bahia, inclusive no carnaval,e Sergipe onde as bahianas moram, e  Paraíba, onde mora a Cearense. Confesso que os cinco dias que passei em Brasília me surpreenderam em todos os aspectos, tendo em vista que não estava disposta a ir, por conta dos estudos.O saldo, apesar de tudo, foi extremamente positivo, pois conheci pessoas incríveis e, apesar de tanta farra a noite, assimilei todo o conhecimento repassado e vim preparada pra fazer história no órgão que trabalho.

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