segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resumo da ópera

Impaciente; com calor; tendo que aprender Contabilidade Geral e Pública, Orçamento e Finanças Pública; com TPM; com calor; com vontade de mandar pra pqp a Chevrolet por produzir carros tão ruins quanto o meu; que tem me esvaziado ainda mais os bolsos; com minha cadela, resgatada , internada há dois meses; com calor; com o carro batido por um motoqueiro suicida; com vontade de tomar café, mas tá calor. Falei que tô com TPM ( treinada para matar)?

...

Tô sentada aqui no quarto de pijama, porque tem visita estranha na sala aí eu pego e passo a vista no jornal...

Toca, Raul!

Calma, Setembro!

Tenho andado distraída, impaciente e indecisa e ainda estou confusa só que agora é diferente, estou tão tranquila e tão contente.
Obrigada Renato Russo por me poupar de pensar em algo pra escrever.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Chata de galocha

Dia desses, Jabour me ensinou o que significa a expressão "chata de galocha". N'outros tempos, em dias de chuva, era comum se usar galochas, espécie de botas de borracha de cano alto, que ajudava a andar nas ruas e a chegar ao destino estabelecido, mesmo debaixo de uma tempestade. Dizia-se então que esta pessoa era insuportável, pois nem uma chuva seria capaz de detê-la, se assim ela determinasse.Daí surgiu esta expressão que tanto reproduzimos e que guarda um significado mais belo do que aparenta ter. Chata de galocha é simplesmente a pessoa insistente, determinada, que, mesmo em dias de chuva forte ou qualquer intempérie, não deixa de... "IR". Enquanto a maioria dos terráqueos pensaria em um lugar quente pra dormir, a chata não deixaria de ir e realizar o que deseja e falar o que pensa, nem que para isso seja preciso entrar na chuva e usar uma ridícula e cafona galocha.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A validade do amor

Sou uma colecionadora de coisas. Guardei por anos, com o carinho e zelo de dono de antiquário, algo de valor indecifrável e que me disseram não perecível: um amor. Vez por outra visitava-o, pegava-o  no colo, com carinho, e, em seguida, o devolvia para o móvel de madeira, já velho, onde repousava tranquilamente.  
Numa visita qualquer, cheguei sem avisar. O velho móvel ainda estava lá, no mesmo lugar, e sobre ele apenas as marcas amarelas e a fina poeira de algo que mudou de lugar. 
O amor tem prazo de validade, sim! Ele me venceu.

terça-feira, 21 de abril de 2015

P da vida

Tô chateada e sem assunto. Não, não é verdade! É claro que tenho assunto, mas não quero falar agora, não.

sexta-feira, 27 de março de 2015

O instrutor

Instrutor da musculação chega próximo a mim, quando estava fazendo flexora horizontal, que quem conhece sabe que é um momento em que você quer morrer por tanto por força e diz:

- Bora fazer um personal, Dydja?
- Oi? fazer um personal? como assim?
- Ora, me contrata pra ser teu personal, mulher!
- Não tenho condições de pagar academia e personal, personal!
- E se um médico chegasse pra ti e dissesse: - ou você paga um personal para te treinar ou você vai morrer! Hein?
- Graças a Deus não estou prestes a morrer pela ausência de um personal na minha vida e se estivesse, ainda assim pensaria se pagaria.Obrigada, personal!
- Pensa bem...é um investimento, não é um custo!

( Desce a cortina. O espetáculo acabou!)

Comprinhas faz bem

Hoje comprei luvas de boxe cor de rosa com branco e uma faixa de proteção para os punhos e dedos, que agora esqueci o nome. Ah! lembrei, bandagem. Tô me achando o próprio Daniel Sam.

Fight!

Ontem foi a minha primeira aula de Muay Thai. Passei o dia ansiosa, como é de costume quando algo novo está prestes a acontecer, e após o expediente fui lá ver como é que é. Cheguei mais perdida que cachorro que cai de caminhão de mudança, mas acompanhei direitinho. Achei o treinamento pesado, meio "serviço militar obrigatório". O professor de tempos em tempos gritava e perguntava se estávamos mortos ou o quê. Um fofo! 
Lá ainda ensaiei alguns socos e chutes e fui embora sem pernas e mais suada que tampa de chaleira. 
Agora tô aqui precisando de soro, buscopam e nimesulida na veia, mas feliz.
Segunda tô de volta.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Maré de Zica

Tô numa maré de Zica que não é de hoje. 2015 entrou foi de voadora em mim. Em janeiro, levaram meu carro com todos os pertences que estavam dentro.Passado o sufoco, recuperado o veículo e os documentos pessoais, acalmei-me e imaginei que se o ano começou assim é porque dali para frente seria só alegria. Ledo engano.Em fevereiro, comprei um novo celular, já que não recuperei o antigo. O vendedor mequetrefe me fez comprar um dizendo que era o celular do momento, 4 G, blábláblá, e que eu não me arrependeria. Eu, uma inocente moça que não entende do mundo high tech, cai no conto do vigário e adquiri aquele que em dias veio a se tornar uma bomba. A peste do celular travou no oitavo dia. Até o sétimo poderia ir à loja e pegar um novo, mas não, foi no oitavo dia que ele morreu. Levei para a assistência técnica e por lá ficou 15 intermináveis dias.Tava tudo indo conforme o script, se não fosse o fato de nunca ter encontrado uma capa e uma película para ele. Ou seja, só eu no mundo tenho um LG F60, segundo Osvald de Sousa. Certo, tenho uma porcaria de celular exclusivo e vou ter cuidado para ele não cair, pensei.
Ontem, fui fazer minha matrícula no Muay Thai. Na entrada, já pisei em falso na droga do tatame que estava estendido no chão e quase cai na frente de uma plateia que tinha a cara de zoação estampada na testa. Me recompus e fui à recepção tentar fazer minha matrícula. Enquanto aguardava minha vez no atendimento, fiquei mexendo no celular para disfarçar o nervosismo que sempre sinto em situações novas.Nessa, passa uma instrutora, tromba com a bunda no meu celular,que cai de tela no chão e trinca o visor de cima abaixo.Tá foda!
Preciso de mar ou sal grosso e incenso, urgente!

segunda-feira, 23 de março de 2015

Palhaço No Sense, ação!



Recebi uma mensagem às 2:30 h da madruga, de um ex fica. Sim! eu disse EX FICA. No texto o moço dizia que precisava de um “favorzão enorme meu” e que ligaria no dia seguinte. Claro que não respondi e ainda fiquei p* da vida pela possibilidade de ter sido acordada com essa pérola. No dia seguinte, "domingo de manhã", mais precisamente às 7 h, estava acabando de ler a mensagem no celular e o moçoilo liga e pergunta se eu posso falar com ele. Eu com a voz ainda rouca de quem acabou de acordar com a ligação, digo: - Diz, rapaz, quem tá morrendo pra tu me ligar hora dessas?
Que rufem os tambores, que a palhaçada vai ficar ainda maior agora.: o palhaço no sense forever disse que estava na sua cidade natal e que estava com um problema sério e só eu poderia ajudá-lo. Humpf! Disse que precisava trazer urgentemente a cadela de estimação (leia-se pitbull) para Teresina e como passa uma semana em Teresina e outra em São Luís, a trabalho, precisava que EU fosse cuidar da peluda DUAS SEMANAS INTEIRAS POR MES.Oi?Para mundo, que eu quero descer! Como assim eu tenho que tirar duas semanas do meu mês pra dar comida, água, apanhar cocô, brincar e dar toda atenção que um animal precisa para este animal? Pera lá, não sou obrigada! Que eu sou protetora de animais, que tenho vários, que amo, cuido e o escambau, o mundo já sabe, mas o que pouca gente sabe, inclusive este palhaço folgado, é que eu NÃO ESTOU DISPONÍVEL PARA EX, Caramba! Aliás, ninguém está, não é?Muito menos quando o cara é palhaço e sem noção como esse, coisa que graças a Deus descobri há tempos e por isso também corri para as colinas. A vontade  que deu foi perder a compostura e mandar pro inferno, mas usei do eufemismo e mandei ele procurar quem não tem o que fazer para ajudá-lo, tipo um vizinho fofoqueiro ou quem sabe uma namorada. Desliguei o telefone e sorri muito, claro!

Que caia o pano, o espetáculo acabou!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Dia coisado

O dia ainda não terminou, mas estou aqui na contagem regressiva para que isso aconteça. Logo cedo descobri que bateram no meu carro e só deixaram a cor do outro de recordação, além de arranhões feios no para-choque do meu. Logo mais a tarde, fizeram uma festinha na "firma", para uma cólega que está se afastando de licença maternidade e " esqueceram" de me chamar. Anoiteceu e descubro que a pretensa dona da cadela Marininha, que resgatei da rua em outubro passado, não só não quer a cadela como me bloqueou no whatsapp para me dizer isso com todas as letras, ou a falta delas. Escureceu um pouco mais e a moça que está cuidando de Marina disse que desde ontem ela não come e está muito triste e com o cocô escuro e ralo, ou seja, virose na certa. Não fui para academia, com medo de...sei lá, cair uma máquina daquela na minha cabeça e dá perda total. Vou me aquietar lendo a bíblia que é melhor.
Eu, hein...

sexta-feira, 6 de março de 2015

De mala e cuia

Desativei tudo. Comecei pelo facebook, depois fui no WhatsApp e sai de todos os grupos, que passam o dia me enchendo o saco e mandando as mesmas coisas. Decidi agora que só quero você, Placa. Só aqui posso escrever o que quero sem ter um ofendido qualquer para achar ruim e dizer que não concorda. Aqui tenho espaço para ser eu, sem reservas, sem censuras, sem frescuras. Tô de volta, Placa. E vim de mala e cuia dessa vez.

50 tons de cinza?

Arrumando a mochila para ir à academia após o trampo, decidi escolher algo de uma cor só pra ninguém nem me ver, nem tampouco puxar assunto, porque tô um porre hoje e nem eu estou me suportando: escolhi a cor cinza, dos pés a cabeça. Eis que estou devidamente sentada numa máquina e "O instrutor palhaço" chega próximo a mim e diz com um sorriso de canto de boca:

- Humm, toda de cinza....50 tons de cinza? gostei!

Que caia o pano, o espetáculo terminou!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Meus medos



Ao longo de todos os meus trinta anos, colecionei medos bobos, como o de não saber mexer em caixa eletrônico, de verem minhas pernas bambas naquela apresentação da escola, de ficar no escuro sozinha, de alma penada, de mexer em computador pela primeira vez e de precisar falar inglês para sobreviver. Guardei em segredo muitos deles, num lugar bem escondido, bem sigiloso, porque sei que beiram o ridículo, mas vez por outra consulto-os para resgatar e me livrar de algum desses pequenos e inofensivos monstros que criei e alimentei por anos, à toa. Engraçado que quando a minha caixinha de medos está quase vazia, sempre surge algum novo e devastador para ocupar o espaço ocioso. Hoje fui surpreendida com o medo de crescer. Analisando bem, este medo chegou com alguns anos de atraso e  eu, inocentemente, por achar que não mais viria, fui encontrada desprevenida, de portas ainda abertas. Crescer dói. Os espaços ficam pequenos para o tamanho que você ocupa agora que “não cabe mais nas roupas que cabia”. Crescer dói. Nada fica no lugar e falta lugar para tantos móveis velhos e sem utilidade. Crescer dói mesmo, tá doendo, dilacerando a pele e a alma, mas daqui a pouco acostumo e nem vai mais doer tanto assim. Nem vai...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

De volta, bloguito!

Voltei e trouxe a polícia comigo. Imaginei que o MST tinha tomado de conta, mas não, tá tudo como deixei em Agosto de 2014. Estava com saudades, blog, pensei muito em ti e saiba que tenho muita coisa acumulada para te contar. Voltei hoje, porque oficialmente, hoje, o ano começa pra mim. Sim, o ano só começa depois do carnaval no meu exercício financeiro e não quero saber a opinião dos economistas.