domingo, 2 de junho de 2013

Projeto trintona toda boa e os empecilhos de colocá-lo em prática

Estou perto de balzakiar, eu sei, e esse fim de semana prolongado, com uma sexta  enforcada, ô belezura, me fez refletir sobre vida saudável, qualidade de vida e todas essas frescuras necessárias para viver por mais tento. De quinta para cá tenho tentado me encaixar nesses tais ditames da magreza, mas já encontrei tantos empecilhos, que confesso que não sei se agüento por muito tempo, não.
Próximo mês faço 29 aninhos de pura travessura e preciso me cuidar mais e melhor. Preciso fazer algo urgente antes que meu metabolismo "perceba", que não sou mais uma menina e que os meus 30 já estão quase batendo na minha porta! Ui ui, fala não! Comecei fazendo pesquisas na net sobre histórias de vidas inspiradoras, de pessoas que perderam “trocentos” quilos, apenas reeducando a alimentação. Não preciso perder muitos quilos, acho que cinco seria o ideal, mas gosto de histórias que me motivem a sair do lugar. Esse projeto trintona toda boa não é de minha autoria, fiz o copyleft a uns anos atrás. Lembro que nos idos de 2011 dei início ao mesmo. Na época, quase virei uma atleta: malhava, corria, fazia jump e tinha uma alimentação balanceada. Logo comecei a estudar para concursos e abandonei tudo e agora estou tirando este sublime e promissor projeto da encubadora em que o deixei, e vamos ver se desse vez vai dá tudo certo! Vou na fé!

Depois de me encher de motivação pelas histórias, inclusive vi uma que me surpreendeu no Blog da Mimis, fui em busca de receitinhas lights. Adoro cozinhar e essa parte das descobertas de receitas novas foi a melhor para mim. De posse de uma nova receita de sopa de baixa caloria, fui ao supermercado comprar os ingredientes e meu irmão foi avisado de antemão que seria minha cobaia. Chegando ao supermercado, comecei uma busca cansativa pelos ingredientes, que pareciam brincar de esconde-esconde comigo. A verdade é que os empresários teresinenses ainda não perceberam o potencial que este ramo "saudável" tem e não investem como deveriam em produtos e serviços que contemplem o público Geração Saúde. Peregrinei muito para encontrar tudo que pedia na receita e esse foi, sem dúvida, o primeiro empecilho que me apareceu para desistir do projeto. Como dar prosseguimento a uma vida saudável se nem os ingredientes se encontra com facilidade? Frustrante!

Quando já estava indo pro caixa, lembrei que a receita também pedia couve-flor e mesmo sem lembrar como era um (assumo em público) aventurei-me em sua procura. Afinal, deveria ter um indicativo de nome, pelo menos, onde eles estivessem localizados. Ledo engano. Os vegetais estavam todos expostos em uma prateleira fria, enorme, sem nomes e sem preços, como verdadeiros indigentes no necrotério. Que raiva! Que administração fula desse supermercado, que raiva! Olhava para aquelas folhas todas e só via uma mata atlântica, pronta para ser descoberta, desbravada. Até a alface, que me é tão familiar, vive direto aqui em casa, ficou estranha, camuflada, no meio de tanta coisa verde e anônima. Depois de tentar decifrar o enigma " o que será a couve-flor?", sozinha,  recorri, a uma senhora ao meu  lado, que parecia saber o que estava escolhendo, e ela me disse, sorrindo e envergonhada, que não sabia o que era uma couve-flor, que não saberia distingui-la ali no mundarel de verdinhos. Alívio imediato para mim que não mais me senti uma pateta!Chegou outra senhora com cara e pinta de dona-de-casa e pedi seu auxílio. Ela, prontamente, esticou o braço e pegou a tal couve, com propriedade, na prateleira. Agredeci sorridente. 

No caixa, descubro, através da caixa, que o vegetal que a senhora escolheu para mim era, na verdade, brócolis - não se faz mais donas-de-casa como antigamente- e eu, invocada que só fiscal de gafieira, porque descobri que não só não sei o que é uma couve-flor, mas também o que é um brócolis, resolvi levá-lo e usá-lo na receita. A receita é minha e eu boto o que eu quiser( delicada e fina como sempre!).  A infeliz da receita pedia 2 litros de água (muita água, muito estranho), 2 caldos de galinha light, 3 batatinhas cozidas e amassadas e uma couve-flor inteira picadinha, que agora seria substituida pelo brócolis - só lembrando. Fui produzí-la com confiança, mas não conseguia entender como aqueles ingredientes sem muita cor e sabor poderiam resultar em algo saboroso. Nisso, comecei a acrescentar outras coisas como vegetais,sal, mais caldo de galinha... depois tentei engrossar o caldo com trigo e ficou uma coisa horrível, sem gosto, com muita água e/porém, resultou em um "light modificado". Que decepção! Eu não lembrava de ter fracassado assim em uma receita antes. Eis o segundo empecilho para o projeto, afinal, os alimentos tem que ser saborosos, caso contrário será uma tortura chinesa continuar essa vida de restrições. Nã!
Meu irmão, vendo todo o esforço empreendido no intento, tentou me conformar, dizendo:   - Dá pra gente catar as verdurinhas do fundo da panela e comer. - É o jeito!pensei tristemente.E assim fizemos. Depois comemos um pão sem miolo com queijo branco e ficou aquela sensação de que a fome não foi embora. Ai ai...

Tentarei outras receitas, novos jeitos de usar produtos de uma forma saudável e saborosa, mas, caso não consiga, juro que mando o projeto "Trintona Toda Boa" pro espaço e não mais pra encubadora. Palavra de Dydja!

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