quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Revelação I

Sempre tive uma vontade, contida, que alguém me perguntasse qual música eu gostaria de ter vivido ou de viver um dia. Eu, sem dúvida, responderia, sem pestanejar,  que seria " O mundo anda tão complicado", da saudosa banda Legião Urbana. A letra é tão simples e ao mesmo tempo tão doce, a melodia me faz imaginar que aquela história poderia ser minha e acredito nisso por um curto espaço de tempo, necessário para degustar esta bela canção. Ai! como queria que essa história fosse minha, como gostaria de ter uma vida simples ao lado de uma pessoa, também simples, e que esta tal simplicidade fosse o bastante para sermos felizes. Às vezes, me pergunto por que será que tenho essa mania de me apropriar das histórias de outras pessoas e personagens, fazendo de conta que são, na verdade, minhas.E a resposta que sempre encontro, não é diferente: talvez, como já havia falado em um post a algum tempo, tenha a necessidade latente de viver cada uma, ou alguma, dessas histórias, que me encantam, que me fascinam e que extraio com todo cuidado das canções, do abstrato das pinturas e das entrelinhas dos poemas.Quantas vezes quis ser Moema, tantas  outras Capitu, outras ainda Helena, de Tróia ou de Machado de Assis...como quis! talvez no  script da minha vida  falte este capítulo, o tal capítulo das paixões arrebatadoras, que me faça esquecer os contos, pinturas, canções e ficções, para viver uma realidade visceral.Deve ser isso...

"Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez

Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.

Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som

Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço

Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!

Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você

Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor".

_ O mundo anda tão complicado _ L.U

Geovana Azevedo

Poesia

"Como expressar nas palavras,
os gestos que queria fazer,
as coisas que gostaria de ver,
os belos amanhecer e entardecer,
e o sombrio morrer...
faltam-se falas.
Mas ao expressar
o simples fato de escrever, falar,
nada existe para preocupar...
nada pode deturpar,
na essência pelo chorar,
no gesto por beijar,
comover e alavancar
o puro e simples "amar".

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aventura em duas rodas...

Hoje o dia foi tranquilo, não fosse a gripe, teria sido melhor. Organizei meu quarto, ouvi as músicas que gosto, curti preguiça e conversei bastante no msn. A tarde dei um pulo na casa de dois amigos, que a muito não via: Cadu e Carol. Foi uma verdadeira aventura, primeiro fui na casa do Cadu,aqui pertinho de casa, que fazia um churrasco com a esposa e outros amigos íntimos, depois fui na casa da Carol, que fica no Alegria, seu esposo tentou me convencer que sou inteligente e que preciso continuar estudando...rs.Agora vou contar uma coisa: Meu pai do céu, Alegria é em outro planeta!!! Fui na Bros de meu pai, graças a Deus tinha tração nas rodas, senão teria levado mil quedas naquela estrada de carroçal. Acabei de chegar em casa, agradecendo a Deus por ter escapado sã e salva.O que a gente não faz pra ver os amigos. hein?

A reforma

Minha mãe teve três filhos e dentre eles duas mulheres, eu e minha irmã mais velha, a Geany. Nós, apesar da diferença de idade de 3 anos, dividíamos muitas coisas, inclusive um quarto. Lembro que Geany, no auge de seus 15 anos, era fascinada por Belchior e Legião Urbana,eu, odiava ambos e idolatrava Carrossel e Chiquititas (que vergonha assumir isso publicamente).Por conta disso, vivíamos disputando espaço físico e sonoro, no nosso pequeno quartinho, e adivinha quem perdia toda vez? eu, claro, a caçulinha!
Minha irmã sempre foi muito linda e despertava olhares por onde passava, naturalmente teve alguns namorados e quando menos esperava casou-se no auge dos seus 16 anos. Nossa, lembro que esta foi a época mais confusa da minha vida. Eu tinha 13 anos e era totalmente dependente de minha irmã e ela simplesmente iria se casar e me deixar sozinha.Surtei! o nosso  quarto, que era pequeno pra nós duas, ficou enorme com a falta que minha irmã me fez. Todos os móveis passaram a ser só meus e o vão que cada um tinha, resultante do espaço que suas coisas deixaram,fazia-me sentir ainda mais a falta de minha irmã.Difícil!
 -Ela não tinha o direito de me deixar nesse quarto sozinha!( pensava).
Os anos se passaram e a saudade foi diminuindo, pois ela foi morar bem próxima a nós e sempre estava lá em casa. Nosso quarto já não era grande, pois tratei de levar tudo que tinha espalhado por vários cômodos, para dentro dele. Ficava enterrada no meio de livros e móveis sem graça, mas adorava aquela sensação de estar sufocada por cultura. Apesar dessas mudanças, nosso eterno quarto continuava o mesmo, com os mesmos móveis e a mesma cor de parede. Mais tarde papai fez uma grande reforma na casa e apenas os móveis foram mantidos como a lembrança da nossa cumplicidade juvenil. Agora, depois de 5 anos da última reforma, fiz uma nova reforma no "nosso quarto" e o  deixei como eu sempre quis e meus pais nunca deixariam( acho que eles tinham medo que eu deixasse o quarto todo preto,por gostar de rock). Minha irmã gostou e até deu palpites. Mandei confeccionar móveis, pintei as paredes da cor que queria, sem me importar se era demodê ou não, e no final das contas acho que está tudo harmônico como uma boa orquestra sinfônica ou quem sabe, uma boa banda rock'n roll!hehe.


Geovana Azevedo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Relatório do dia

Dia normal..fui ao centro pela manhã com minha mãe e irmão e compramos coisinhas para casa.Ainda no centro, senti-me mal, por conta de uma crise alérgica e fui à Casamater...lá, fiz um hemograma, mas não esperei o resultado, e peguei a requisição de um medicamento pra ficar boa do dodói. Ainda tive que exercitar, no hospital, meus super poderes de justiceira e por no devido lugar duas recepcionistas que riam exacerbadamente de um pobre senhor que entrou no consultório errado, por não saber ler, creio eu. Depois disso, viemos para casa, comprei meu remedinho, tomei, almocei, conversei um bocado com Ricardo, meu novo amigo virtual, e dormi o sono dos justos, em decorrência do antialérgico que tomei. A tarde fui a minha cabeleirera maluquinha que se recusou a me atender, porque me achou com muita cara de dodói...ai ai ai...a vida é bela mesmo!rs

domingo, 13 de novembro de 2011

Dolorida...

Depois de uma bela faxina aqui em casa, com minha mãe e minha cunhada. Quero ver como vou levantar amanhã, porque a coluna está em frangalhos e não tem Dorflex no mundo que faça passar . Mas, nem por isso o dia foi ruim, afinal, ajudei minha mãe e engoli borboletas vivas...rs

Embasbacada...

Até meio pateta, assim estou, depois do dia de hoje! poderia, em forma de palavras, tentar expressar esta sensação, que a muito não me aturdia, talvez recorresse aos grandes compositores da música brasileira - certamente alguém teria uma canção, talvez até feita sob medida, como uma encomenda, para expressar este sentimento - mas seria muito prático dar um "ctrl c + ctrl v" em uma delas, certamente, faltaria algo para ser dito, algo que os poetas não  falaram, porque simplesmente não sentiram.
Como o sentimento é algo particular e intransferível, não lancarei mão dos nossos poetas, arricar-me-ei a dizer com as minhas humildes palavras, o que tem me ‘tirado do chão’ e me feito sentir a velha e tão conhecida sensação“ de ter borboletas voando no estômago”, como uma adolescente, nesse domingo maravilhoso.O fato é que depois de ter conhecido um tipo especial de pessoa, que a muito não circundava meu convívio, tirei a seguinte conclusão: Veríssimo, combatido em um post chamado’ O que os homens teresinenses querem, hein? ‘, tem razão. É verdade, quando diz que podemos encontrar “a pessoa” num lugar inusitado, em uma hora imprópria e quando menos  esperamos. É verdade, também, que mesmo não sendo mais uma adolescente, podemos nos sentir como tal, quando um sentimento novo nos invade a mente e o coração nos deixando embasbacada, querendo entender algo que foge da razão, portanto, inteligível.
Ai, ai...vai começar tudo de novo!
Geovana Azevedo

terça-feira, 8 de novembro de 2011

São só incensos!

Foi isso que eu disse a uma aluna, quando fui surpreendida saindo de uma loja chamada "Casa de Iemanjá", ontem a tarde. A danada insinuou que eu faria um despacho, matando-me de vergonha no "mêi-do-povo" em pleno meio dia. E eu toda inocente querendo acender uns réles incensos no meu quartinho, pra harmonizar meu lar... Olha, ainda bem que sou da linha branca, viu? senão, senão...