quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ritual

É sempre assim: basta ficar chateada com algo que dou uma de Forest e vou correr. Corri muito hoje, mais do que deveria, pois minha perna direita reclama, mas não tem outro jeito pra curar minhas dores se não for assim.Pronto, tenho um ritual do bem que funciona.

Furtada

Para mim, um dos maiores furtos que existe é o de vaga de estacionamento, aquela que você achou primeiro, sinalizou e que já estava manobrando para entrar. Pra ser sincera, só violência contra pessoas e animais me tiram do prumo como isso. 
Modestamente, sou uma boa motorista, quase uma 'pilota de fuga' (cof cof!) e não justifica uma pessoa perder a paciência comigo e tomar minha vaga sem nada a dizer, nã! Deveria haver um código de conduta  proibindo tal prática, isso sim.

Destituída

Dia triste. Entreguei a coordenação que ocupava na firma, por falta de apoio e valorização ao meu trabalho, confesso meretíssimo. Mas, bola pra frente...tirei um piano de calda das costas, mas sentirei muita falta do que vivi e aprendi com aquelas mulheres, pobres  só em recursos financeiros.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Recadastramento biométrico

- Irmã gêmea?
- Não, sou exclusiva no mundo!
- Ocupação?
- Servidora pública.
- Estadual ou Municipal?
- Federal.

( um minuto de silêncio...)

Vitaminada

Boa tarde, mundo! Hoje tô assim sob efeito de muita vitamina e antioxidante. Cheia de energia, elétrica. É estranho, pois vivo caindo pelas tabelas, mas tô achando massa!

domingo, 17 de novembro de 2013

O mar




Não era uma tarde qualquer. O céu tinha uma cor marfim; o vento passava, com pressa, por entre meus cabelos soltos, desalinhando-os, enquanto anunciava algo, sussurrado, em meus ouvidos. Choveria. Algumas aves, que se perderam de seu bando, percebendo o que os céus prenunciavam, passavam baixinho e apressadamente, com o desejo evidente de protegerem-se em seus ninhos. Sentei-me ali, na areia fria e molhada do vai-e-vem das ondas, e pus-me a contemplar as águas calmas de um mar cansado depois de um dia de trabalho. Dizem que o mar tem o estranho poder de curar dores, e talvez tenha, pois em olhá-lo, buscando compreender sua imensidão e significados ocultos, esquecemos, por um momento, o que nos tira a paz. Fiquei assim, nem sei dizer por quanto tempo, alheia a qualquer outro acontecimento ao meu redor, a não ser a movimentação tímida de algumas ondas, que tentavam em vão tocar meus pés descalços, como uma criança astuta que tenta chamar atenção. Olhei para o céu e vi que as nuvens estavam tão próximas a mim, que tive a sensação de poder tocá-las, como sempre desejei quando criança. Sim, choverei, como aquele vento e agora as nuvens me diziam. Choveu. A água dos céus caíram nos braços abertos das águas do mar, num balé ensaiado pela natureza, já retratado por  artistas que desejavam imortalizar esta obra divina. Senti que aquela apresentação foi preparada exclusivamente para mim e emocionei-me ao compreender que os céus e o mar resolveram me ninar. Quando voltei a mim e olhei ao meu redor, vi que estava completamente sozinha naquela areia, mas o frio,a roupa molhada e a solidão não me fizeram desistir da minha busca naquela tarde.  Mas, afinal, o que procurava ali e o que o mar poderia me dizer? Não sei bem, talvez nunca saiba. Talvez buscasse uma resposta para uma pergunta que não foi feita, talvez um significado, talvez um acalento ou um afago. O mar sabe, ele sempre sabe...

sábado, 16 de novembro de 2013

Os números

Nesses tempos de espionagem, nem dá pra ficar boba ao descobrir que tenho leitores na Alemanha, Rússia, EUA, Ucrânia, Emirados Árabes, Indía, China, Portugal, né?

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A arte de criar a Arte



A criação e representatividade artística contemporânea envolve uma multiplicidade de expressões e formas, como a Literatura, a pintura e a música, que permitem que o artista consiga transmitir uma mensagem singular ao público. A criação da arte deve estar ligada à impressão da autenticidade do artista e do ineditismo que deve existir em suas obras. O engajamento, fruto da interação do artista no meio em que está inserido, deve também ter um papel importante no processo criativo, uma vez que a arte continua formando e dividindo opiniões, o que a torna imprescindível para a evolução da sociedade moderna.
A Literatura como expressão da arte, sempre foi um meio fundamental para que escritores expusessem suas ideias e insatisfações. Victor Hugo,interpretou de forma rigorosa e por vezes revolucionária as transformações da Revolução Francesa na sociedade francesa; na pintura, tivemos as expressões de Picasso, que retratou a guerra espanhola, e de Cândido Portinari, artista plástico brasileiro, que pôs em tela questões sociais. Na música,  encontramos letras de compositores como Chico Buarque de Holanda e Caetano Veloso, artistas brasileiros, que compuseram músicas demonstrando indignação ao período de recessão vivenciado no país. Na atualidade, percebe-se também o eclodir de ritmos urbanos,como o “hip hop”, que retratam a vida das pessoas nas periferias e favelas.
A autenticidade é um fator importante a ser observado pelos artistas contemporâneos. A arte imitação predominou até o fim do século XVIII, jáa arte como expressão surge no século XX com a utilização de técnicas e a criatividade do artista.Detectar a autenticidade de uma obra hoje é tarefa menos complexa, pois os recursos tecnológicos nos auxiliam na identificação dos plágios ou cópias não autorizadas, aumentando assim o controle das obras produzidas. Além disso, a tecnologia veio auxiliar a democratização da arte, até então restrita a poucos, uma vez que na “internet”, é possível, por exemplo, acessar todos os corredores do Museu do Louvre, em Paris, e apreciar quadros clássicos como o de Monalisa, de Da Vinci.
O engajamento do artista diz respeito à  sua interação no meio em que está inserido. Tal interação é fundamental para prospectar os anseios da sociedade e transformá-los em expressão artística, dando voz à sociedade, das mais diversas formas. Recentemente, setenta escritores brasileiros prepararam um manifesto a ser apresentado na Feira de Frankfurt, na Alemanha, sobre a educação no Brasil. O manifesto tinha o propósito de dar visibilidade internacional a esta problemática.
Contudo, percebe-se que a arte é um importante veículo para contemplar e dar visibilidade aos anseios da sociedade, além de possibilitar que esta forme opinião a cerca de diversos temas propostos nas expressões artísticas, permitindo, desta forma, que formemos sujeitos ativos e implementadores de mudanças na sociedade contemporânea.

Dydja

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cansada

Um milhão de coisas pra ler e estou aqui caindo pelas tabelas. Tá difícil chegar às 21 horas sem pensar na minha cama a cada 2 segundos. Sono, teu nome é Dydja!

domingo, 10 de novembro de 2013

Fora de controle

Depois de passar o domingo inteiro estudando "Controle de Constitucionalidade", cheguei ao final com a sensação que não captei muita coisa e que estou completamente fora de controle por isso. Ô sensação punk você ler e fazer questões o dia inteiro e ter " um vazio", que lembra um abismo, dentro de si. A vontade que tenho, neste momento, embora concorde com a importância e relevância do tema, é de jogar uma praga na vida sexual do legislador constituinte originário, que inventou essa conversa. Isso sim!

Ê laiá!

sábado, 2 de novembro de 2013

Um grão de mostarda em meio a tantos catchups




Há dias penso em escrever sobre mostarda, a qual nutro uma grande paixão, mas não há muito o que se falar, além da paixão, acho. Embora de origem nobre, francesa/alemã, é apreciada por poucos e sempre esquecida a favor dos “americanizados”, mas a mesma resiste bravamente desde a Grécia antiga, onde já se fazia experiências com suas sementes em carnes, para temperá-las. É engraçado como esboçar preferência por “isso” em detrimento “daquilo” sempre causa desconforto e espanto nas pessoas, que naturalmente tem gostos opostos: - Nossa, você gosta de mostarda? Penso que não é simplesmente querer ser diferente e fazer disso uma bandeira ou um bloco organizado- " mostarda block"- mas ter a convicção de que as preferências pessoais surgem da própria formação do ser enquanto sujeito ativo e inserido em uma atmosfera de experiências diversas. Permitir-se a certas experiências que a vida nos proporciona faz com que enxerguemos onde está nosso gostar e o que nos dá ânimo para viver prazerosamente.Pra isso, é importante não se deixar levar pelo “todo mundo”, mas, sim reconhecer-se como um alguém que tem gostos e preferências inegociáveis e atemporais, embora os ditames contemporâneos o digam o contrário.
Gosto de máquina de datilografar, de pés no chão depois de um dia de trabalho, do barulho das folhas secas ao serem pisadas, das cores do céu ao amanhecer e dos desenhos que as nuvens fazem. Gosto do barulho que o vento faz ao tocar as roupas leves estendidas no varal e do cheiro de chuva que exala da terra, quando tento rabiscar algo na areia molhada, com um pequeno e frágil galho que se deixou cair. Gosto de bolo que não deu certo,  de cheiro de pão e de pipoca com manteiga. Gosto de olhos, de sorrisos tímidos e boca emudecida. Gosto de poesia de improviso, de piada sem riso, de vitrola no botequim. Gosto de gente simples, de frescura no ponto e de violetas e girassóis no jardim. Gosto de vento no rosto, de conselhos tortos, de kiwi e de sorvete de amendoim. Gosto de dormir de rede, de maça verde e do som do bandolim. Gosto do cheiro do café, de cafuné no pé e de beijos molhados. Gosto de palavras soltas... de ‘até logo’...de "para sempre".

É, pensando bem, talvez meus gostos destoem do pragmatismo estabelecido, aceito. Isso deve fazer de mim um ser atípico, ou quem sabe “um grão de mostarda em meio a tantos catchups”. Ótimo!