A estranha

Talvez eu seja mesmo um ser atípico ou, quem sabe, alguém de um outro mundo. Costumo ver beleza e sentido em coisas que geralmente as pessoas não veem. Isso, definitivamente, não me torna melhor que elas, mas me faz ser diferente, sozinha...como um náufrago na sua ilha particular.

Tudo bem, sou relutante com esta minha condição de ser "estranha no ninho" e a partir de hoje trabalharei para me aceitar. Quem sabe assim conseguirei ser mais feliz.

Dias de cão

Parece que o tempo não está muito a meu favor por estes dias e nem sei o que eu fiz com ele, esse ingrato. Tenho corrido contra os ponteiros do  relógio para resolver pendências acumuladas a muito tempo, e que fui deixando pra depois, como boa brasileira que sou. Para completar a dose, tive a companhia dos sintomas do início de uma gripe, com direito a febre e dores no corpo em plena aula de inglês, e de um incômodo terrível do aparelho ortodôntico trucidando minha gengiva. Sem falar de outras coisas que não gostaria de aqui citar, porque ainda estou processando. Meu HD está meio lento, também.
Tudo bem! agora que já tomei tomos os meus remédios, mentalizei um mantra hindu e percebi que estou nos meus "dias de cão", sinto-me preparada para o que ainda estiver que acontecer!

Atira, covarde!

Isso, Chico!

 Chico Buarque

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir...

Ovo de páscoa

Tudo bem que a troca de ovos de chocolate é  um ato simbólico,  faz parte de uma tradição milenar relacionada ao Cristianismo.Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é uma data festiva que comemora a ressureição de Jesus Cristo, sendo o ovo um símbolo de nascimento. Outros povos como os gregos e os  egípicios também coloriam ovos de galinha oco, porém em datas diferentes.

Mas isso não tem nada a ver com o que queria falar, o que gosto mesmo é de sentar e despreocupadamente comer todo o chocolate que conseguir comer, ainda bem que já ganhei um, nem que o arrependimento venha a galope e tenha que me esborrachar de correr depois.

Aquele olhar.

Lembro-me que nossos olhos encontraram-se e, naquele instante, sentimos, mutuamente, uma sensação quase indescritível, uma ternura mútua.  Aquele brilho intenso no olhar, que lembra olhos marejados, era o indicativo de que havia ali palavras que os lábios não conseguiriam explicar, indicavativo de que estávamos inebriados por algo que desconhecíamos a proporção e os porquês. Ficamos assim, por um bom tempo, como especialistas que analisam um órgão, tentando decifrar os seus segredos  e,  sem dizer uma só palavra, dissemos tudo. Sim, alguma coisa foi mudada de lugar, mas, temerosos que somos, sentimos medo de não mais encontrá-la ou de nos perdermos junto a ela, saciando, assim, um pedido, que não brota apenas dos olhos, mas dos lábios que indicam com um beijo intenso, doce e lento, que aqui é o melhor lugar que podemos ficar.

 

Geovana Azevedo

Shalon, salamaleico!

Organizando o quarto na ilustre "companhia" de Alpha Blondy cantando Jerusalem, o Hino da Jamaica:

Niver do Laulau

Ontem foi o dia do aniversário de uma das pessoas mais importantes da minha vida: meu amigo Laurelli, vulgo Laulau. Foi muito bom encontrá-lo feliz recebendo as pessoas que gosta, foi bom reencontrar amigos em comum, sorrir e comer carnes torradas com cajuína, ao som de Paula Fernandes.

Finalmente, saudação a 2013.

O ano novo chegou e eu nem vi aqui arrumar a casa para esperá-lo.Fiquei distante, me guardando pra quando o carnaval passasse, e o ano recomeçasse. Neste intervalo de tempo, aconteceram inúmeras coisas, e boa parte delas desagradáveis, porém não me senti motivada a documentar, como uma tentativa fugaz de esquecê-las.

Estou cheia de expectativas para este ano ímpar e desejo,sobremaneira, que seja de fato um ano ímpar na minha vida. Tenho alguns projetos que ainda não saíram da cabeça para o papel e precisam ser executados ainda neste ano e espero encontrar a maneira certa de realizá-los.

 

É isso...vou dar uma limpada na minha casa, Placa de Neon, e deixar a porta e as janelas de 2013 abertas para que a sorte entre.